Conte-nos um pouco sobre o seu percurso…
Cresci em Toronto, no Canadá. Estudei Design de Mobiliário na Rhode Island School of Design (Estados Unidos). Em 2012 e 2013, fiz vários estágios: trabalhei no filme Moonrise Kingdom, de Wes Anderson, e com os designers Maarten Baas e Bertjan Pot. Mudei-me para Nova Iorque e criei a Good Thing, que vendia artigos para a casa. Vendi a empresa em 2018 para concentrar-me exclusivamente no meu estúdio (Jamie Wolfond Studio).
Qual é a sua abordagem ao design?
O meu trabalho como designer é criar puzzles e depois resolvê-los. As pessoas pensam frequentemente no design como a resolução de problemas, mas eu passo muito mais tempo a tentar definir um problema do que a resolvê-lo.
Por onde começa?
Começo com algo que considero interessante – pode ser um método de construção, uma combinação de cores, um processo invulgar, um erro de fabrico, qualquer coisa. Depois, começo imediatamente a trabalhar com essa coisa. Tento reproduzi-la, modificá-la, expandi-la, combiná-la com outras experiências até chegar a algo estrutural. O resto do processo consiste em resolver o puzzle.
De onde vem a sua inspiração?
Normalmente, vem de coisas que são feitas por pessoas. Fico entusiasmado quando me apaixono por um pormenor que sei que os outros reconheceriam. Isto dá-me a oportunidade de comunicar através da linguagem partilhada do ambiente construído.
Qual dos seus produtos é – até agora – o seu maior sucesso?
O candeeiro Set, criado para a Muuto, é muito especial para mim e para o estúdio. Espero que também se venda bem.
Em que tipo de projetos está a trabalhar neste momento?
Estou a viver um momento “mesas”. Não sei porque é que isto acontece, mas dou por mim a gravitar em torno de categorias específicas durante períodos de tempo. Antes disto foram prateleiras e candeeiros. Sempre que invisto na conceção de um candeeiro, prateleira ou mesa, o projeto dá frequentemente origem a ideias periféricas que conduzem a outras criações da mesma família.
O que se segue?
O JWS Editions. Este espaço online, que oferece peças de edição limitada que fazemos no estúdio, é um escape para experiências que podem não se enquadrar no contexto mais industrial dos nossos clientes, mas que ainda assim merecem ser feitas, partilhadas e apreciadas.
FOTOS: cedidas