Esta não foi a primeira vez que
Moreira e a mulher,
Maria João, foram ao Disneyland Resort Paris, mas foi certamente a mais emocionante, pois com eles levaram a filha,
Beatriz, de três anos. E se já o guarda-redes, de 26 anos, e a mulher, de 28, tinham ficado deslumbrados com o universo mágico da Disney, Beatriz não lhes ficou atrás. Correu, brincou, pediu autógrafos às personagens favoritas, experimentou a maioria das atracções para a sua idade e foram muitas as vezes que os pais a apanharam com o brilho nos olhos de quem está a viver um sonho.
Um sonho que Moreira e Maria João fizeram questão de registar em fotografias para que um dia mais tarde Beatriz possa revivê-lo, já que, por ser muito pequena, na memória só algumas coisas ficarão marcadas. Dias depois do regresso a Portugal, a CARAS quis saber mais pormenores da viagem, e foi a Maria João que coube a palavra. Falar do universo mágico situado em Marne-La-Valée foi incontornável, mas a conversa acabou por tomar outro rumo e permitiu-nos descobrir mais detalhes da sua vida com Moreira, que Maria João trata por Filipe, segundo nome do guarda-redes do Benfica.
– Já tinham estado no Disneyland Resort Paris antes da Beatriz nascer. Desta vez, com ela, deve ter sido bastante diferente…
Maria João – Foi muito diferente. Na altura eu estava grávida e não usufruí do espaço, agora foi diferente. Foram as melhores férias que tivemos. A Disney é o mundo encantado dela. Para a Beatriz, tudo aquilo é real.
– Quais foram as reacções da Beatriz?
– No primeiro dia era tudo novo para ela e estava meio acanhada. Foi a adaptação ao ambiente, ao espaço. Depois, nos dias seguintes, já era a Beatriz que decidia onde queria ir, que atracções queria ver e passou mesmo a ser ela a guiar-nos dentro do parque.
– Tentam proporcionar-lhe programas para a idade dela?
– Sim, sempre. A nível familiar, fazemos muitos programas. Vamos muitas vezes ao Jardim Zoológico, ao Oceanário, ao cinema, e assistimos a muitos espectáculos. Ela gosta e pede para ver. Tentamos proporcionar-lhe uma grande diversidade de programas e actividades.
– E ainda vos sobra tempo para programas a dois?
– Actualmente são poucos, mas por opção. A Beatriz é a nossa princesa. É bem-comportada e gosta de nos acompanhar, e por isso tentamos usufruir de tudo a três.
– O facto de fazerem tudo a três e de estarem a deixar a relação a dois para segundo plano não a assusta?
– Sinceramente, não. Nós conseguimos ter tempo a dois, mas por opção, neste momento, incluímo-la nos nossos programas em família. É uma opção.
– Tal como foi uma opção abdicar da sua carreira, já que trabalhava numa empresa de organização de eventos, para ser dona de casa e mãe a tempo inteiro?
– Sim, abdicar da minha vida profissional a favor da família foi uma opção, ponderada por nós enquanto casal. Não quer dizer que se continuasse a trabalhar as coisas não resultassem, mas achei por bem dedicar-me a 100% à família e estar sempre disponível para a Beatriz. Eu trabalhava a tempo inteiro, não tinha horários fixos, por vezes tinha de trabalhar à noite, fins-de-semana e feriados, além de que viajava bastante, o que tornava difícil conciliar com os horários do Filipe e mais difícil ainda com uma bebé. Alguma coisa acabaria por ser negligenciada: a família ou o trabalho. Como sou perfeccionista no que faço, optei por me dedicar ao mais importante, que é a minha família.
– Ainda não se arrependeu?
– No início foi mais complicado, porque eu tinha uma vida muito activa. A mudança foi radical, mas se voltasse atrás faria exactamente a mesma coisa. Acho que a nossa relação enquanto família vale tudo.
– Acha que nos dias que correm, para um dos membros do casal ter sucesso profissional, o outro tem de abdicar da carreira?
– Acho que actualmente é possível ser-se bem-sucedido a todos os níveis, o que é preciso é algum esforço, disponibilidade e não descurar nem a vida amorosa, nem a familiar ou a profissional.
– E não ponderam ter outro filho em breve?
– Por enquanto, não. Neste momento queremos acompanhar a 100% esta fase de desenvolvimento da Beatriz. Talvez quando ela tiver cinco ou seis anos pensemos nisso. Neste momento, queremos focar as atenções para ela e dar-lhe todo o nosso amor. Somos pais babados e agarrados à Beatriz.
– Parece ter receio de não conseguir dar atenção a dois filhos ao mesmo tempo…
– É verdade. Há quem queira ter filhos com idades próximas para se despachar das fraldas e biberões. Eu e o Filipe preferimos dispensar as atenções todas à Beatriz. A atenção que se dá a um filho não é a mesma que se dá quando se tem mais filhos. Agora queremos gozar ao máximo a Beatriz, daqui a uns anos talvez voltemos às fraldas e biberões.