Há oito meses, o jogador integrou a equipa do Benfica e trouxe a mulher e o filho, José Antonio, agora com 18 meses, para Lisboa. A amabilidade e o acolhimento dos portugueses convenceram o casal, mas ainda não é certo se o futuro passa por continuar cá.
Foi sobre a vida que leva ao lado de um dos mais conhecidos jogadores do campeonato português e sobre os desafios que se seguem que a CARAS falou com a manequim.
– Como é que uma estudante de gestão de empresas foi parar à moda?
Ana López – Venho de uma família humilde e muito trabalhadora. E desde muito pequena que fui habituada a dar muito valor ao trabalho. Sempre gostei de estudar, mas também gostava do mundo da moda.
– E foi fácil uma rapariga humilde integrar-se no mundo competitivo da moda?
– Foi. Escolhia sempre os trabalhos que fazia e optava por aqueles que não me obrigassem a estar muito tempo longe da minha família e fora do ambiente a que estava habituada. E a minha prioridade sempre foram os estudos. Por isso, a moda era um complemento, não era o objectivo principal da minha vida.
– Mas, neste momento, a sua ocupação principal é ser mãe…
– Sim. Neste momento o mais importante é estar com o meu filho. Claro que não descarto a possibilidade de retomar a minha carreira na moda, mas nesta fase tenho outras prioridades.
– Foi fácil conquistar um jogador de futebol?
– Mal nos conhecemos sentimos uma atracção mútua imediata. Depois, começámos a conhecer-nos melhor. Falávamos muito ao telefone e nunca mais nos largámos. E espero que a nossa relação nunca acabe.
– Como é que têm sido estes anos de vida em comum com o José Antonio?
– Têm sido maravilhosos. Ainda parece que estamos a viver o primeiro ano da relação, durante o qual tudo é bonito. Vivemos o dia-a-dia com muito carinho e respeito. Temos uma relação de muita confiança, de amor e de grande partilha.
– E gosta da vida que tem ao lado de um jogador de futebol?
– Sim. Claro que às vezes é complicado, porque num ano estamos a viver numa cidade, no ano a seguir já estamos noutra… Todos temos necessidade de estabilidade. Mas a nossa casa é onde estão os nossos sentimentos. E desde que estejamos juntos, não há nenhum sítio onde não possamos viver. Se o trabalho assim o exige, nós fazemos.
– E como é que é o José no dia-a-dia?
– É um excelente pai e marido. É uma pessoa nobre, humilde, muito trabalhadora e amiga dos seus amigos. Para mim, é um homem lindo. Também é muito carinhoso. O meu marido tem um mimo para mim todos os dias. Ou me traz flores ou me leva o pequeno-almoço à cama. Ele tem muitos gestos bonitos e está sempre preocupado em saber como estou, se preciso de ajuda…
– Entretanto, foram pais. A chegada do José mudou a vossa vida?
– Ter um filho é a experiência mais incrível que podemos ter na vida. Como todas as mães, acho que tenho um bebé lindo com a pessoa que escolhi para a minha vida. Sou uma mulher muito feliz. E, neste momento, todo o meu tempo é para a minha família.
– Mas não sente que está a abdicar de si e da sua carreira para se dedicar à sua família?
– Sim, mas não me arrependo de nada. Estou a viver uma fase da minha vida muito plena. E o que me deixa realmente feliz e realizada é poder fazer a minha família feliz. Não é algo que faço só por eles. Também o faço por mim.
– Quando voltar a trabalhar, quer dedicar-se à moda ou à gestão?
– A verdade é que não descarto nenhuma das hipóteses. Sei que a carreira de manequim é mais limitada, e por isso é que apostei sempre nos estudos. E sinto que é importante ter alguma rotina na minha vida, ter horários.
– Vieram há cerca de oito meses para Portugal. Como é que tem sido a vossa integração?
– Está a correr muito bem. As pessoas têm sido muito simpáticas, acolhedoras e prestáveis, e isso tem ajudado a que nos sintamos bem cá. A língua também se percebe bem… Fomos recebidos com muito carinho. E o José gosta muito de estar cá. Eu gostava de ficar a viver cá mais algum tempo. – Recentemente, surgiram notícias que davam como certa a saída do seu marido do Benfica…
– Tanto eu como o meu marido ainda não sabemos de nada. Têm surgido notícias, mas ainda não há nada de oficial. Se tivermos de regressar a Madrid, regressamos. Mas gostava de ficar a viver em Lisboa. Gostamos muito da cidade, das pessoas, e sentimo-nos muito bem aqui. O José tem a família dele cá. Eu não tenho a minha, mas meto-me rapidamente num avião e vou até Espanha.