Cinquenta e quatro segundos foi quanto durou a audição de
Renato Seabra, realizada através de videoconferência. Na presença do seu advogado,
David Touger, o jovem mostrou-se abatido, mas tranquilo, vestido com a roupa hospitalar. Esteve sempre de cabeça baixa, até ao momento em que o juiz decretou a proibição da captação de imagens. Nesse momento, Renato levantou a cabeça e esboçou um ligeiro sorriso.
Nesta audição, Renato Seabra ficou a saber que vai continuar detido, já que o juiz não aceitou o pagamento de uma fiança para que pudesse aguardar o julgamento em liberdade. A procuradora
Maxine Rosenthal alegou a
"seriedade e violência do crime". Foi também comunicado que o Grande Júri reuniu ontem e deliberou que o caso segue mesmo para tribunal, agora para o Supremo.
1 de Fevereiro será um dia decisivo para este caso, já que é a data em que Renato Seabra será ouvido no Supremo. Até lá, continuará detido na ala prisional do Hospital Bellevue, em Nova Iorque, a menos que receba alta, e nesse caso irá para uma prisão. A partir daqui, existem dois cenários: caso Renato se considere culpado, o caso nem sequer seguirá para tribunal e será acordada uma pena entre a defesa e o Ministério Público. Se o jovem não se considerar culpado, o caso seguirá para julgamento.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.