Por ter perdido um filho, há 24 anos, e por ser presidente da Associação
A Nossa Âncora, que apoia pais em luto,
Emília Maria Agostinho tem aprendido a lidar com a dor da morte. Apesar disso, foi com inevitável dificuldade que encarou os dias que se seguiram à morte do seu pai,
Artur Agostinho, que aconteceu a 22 de março.
Foi no dia de entrega do Prémio Mulher Activa, numa gala que teve lugar na Culturgest, em Lisboa, que Emília Maria conversou com a CARAS e, com alguma emoção, mas também muita saudade, recordou o seu pai:
"É a primeira vez que saio após a morte do meu pai, pois tenho aprendido que o luto tem de ser vivido e é isso que tenho feito. Tenho-me recolhido muito em casa, tenho chorado, tenho lido cartas dele, visto fotografias e vídeos… Tenho vivido muito esta dor. Tem sido doloroso, mas claro que a morte do meu filho me faz sentir mais apta para viver este luto, embora seja uma dor diferente. A morte do meu pai é muito recente e ainda sinto muito a sua falta física."
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.