Manoel de Oliveira reapareceu em público pouco mais de um mês depois de ter tido alta hospitalar. Já recuperado da gripe que o obrigou ao internamento, o realizador, de 104 anos, foi aplaudido por centenas de pessoas no dia em que Aniki Bóbó foi exibido no Fantasporto, 70 anos após a estreia. “Obrigado pelos vossos aplausos, fico muito comovido. Curiosamente, quando este filme estreou, em 1943, foi mal acolhido pela crítica e retirado das salas por falta de público. Mas hoje é o mais popular de todos os meus filmes, o que me deixa extremamente sensibilizado”, afirmou Manoel, que fez questão de assistir à sessão, no Rivoli. “Não costumo ver os meus filmes. Quando termino um começo logo a pensar no próximo, mas hoje era um dia especial”, acrescentou, referindo que o próximo filme já está escrito, falta só o financiamento. Sobre o regresso ao trabalho, o realizador afirmou: “Estou morto por voltar a filmar”.
Manoel de Oliveira recebe aplausos no 70.º aniversário do seu ‘Aniki Bóbó’
“Não costumo ver os meus filmes. Quando termino um começo logo a pensar no próximo”, disse o realizador que foi homenageado por Mário Dorminsky e Beatriz Pacheco Pereira.