O desempenho no filme Florbela, de Vicente Alves do Ó, valeu a Dalila Carmo o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Cinema. A atriz, de 38 anos, competia nesta categoria com Ana Moreira (pelo filme Tabu), Laura Soveral (por Tabu) e Rita Durão (por A Vingança de uma Mulher).
“Em primeiro lugar queria agradecer à CARAS e à SIC e dar um beijinho às minhas colegas nomeadas (…) Sinto-me uma privilegiada por estar aqui (…) Este foi realmente um projeto muito abençoado, um encontro muito feliz”, disse a atriz antes de agradecer e dedicar o prémio a Vicente Alves do Ó, à equipa técnica e também aos seus colegas.
O troféu foi entregue pelos atores Joana Santos e Diogo Morgado.
Dalila Carmo e Sousa nasceu a 24 de agosto de 1974 em Vila Nova de Gaia.
Em 1996 e 1997 recebeu formação no Actors Studio, em Nova Iorque, com Marcia Haufrecht, que a dirigiu nas peças A Lição, de Ionesco, e Ludlow Fair, de Lansford Wilson. Voltaram a trabalhar juntas em 2005, em Vidas Publicadas, no Teatro da Comuna.
Trabalhou na Companhia de Teatro de Almada, sob a direção de Joaquim Benite, nas peças Molière, de Sergei Bulgakov, e Filopópulus, de Virgílio Martinho.
Em 1999, encenou o projeto Entre Tantos na Cadeira, na Culturgest.
Ao longo dos últimos anos, a atriz participou em diversos filmes, com especial destaque para O Criado Ostrowski (1990), de Paulo Castro, Vale Abraão (1993), de Manoel de Oliveira, A Comédia de Deus (1995), de João César Monteiro, Tráfico (1998), de João Botelho, O Anjo da Guarda (1999), de Margarida Gil – que lhe valeu a Menção Especial de Melhor Atriz no Fantasporto -,ou Os Meus Espelhos (2005), de Rui Simões.
Em 2012, sob a direção de Vicente Alves do Ó vestiu a pele de Florbela Espanca, no filme Florbela. Esta interpretação valeu-lhe o prémio de Melhor Atriz no Festival Caminhos do Cinema Português e esta noite o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Cinema.