Um vestido primaveril com flores coloridas, os lábios pintados de vermelho e um sorriso de orelha a orelha. Foi assim que Luísa Castel-Branco recebeu a família e os amigos na Livraria Bertrand das Amoreiras, onde lhes deu a conhecer Nos Teus Olhos Vejo o Mundo – A Vida Tal como Ela É. Por dentro, o nervoso miudinho, a expectativa de saber como este livro intimista, que Daniel Oliveira apresentou, iria ser recebido. Não só porque fala de amor de uma forma avassaladoramente verdadeira, mas também porque põe preto no branco a doença autoimune – hidrosadenite supurativa – que a acompanha há mais de dez anos, e de que poucos, muito poucos, sabiam.
“Não há dias bons, há maus e muito maus, vivo permanentemente com dor, com cortisona, com antibióticos”, começa por nos dizer a autora, que às vezes precisa de forças de gigante para se levantar da cama. “Há vergonha pela localização da doença, pelas transformações que obriga a fazer no dia-a-dia… É difícil andar, muitas vezes não podemos pôr um vestido, vestir um fato de banho e ir à praia. É um dia de cada vez, e isso é desesperante”, explica, adiantando que os filhos, António e Gonçalo, não sabiam da doença. Apenas Inês tinha alguma informação, pensava Luísa. “Na verdade, li tudo o que pude sobre a doença. E sabia que ela não gosta de falar do assunto, mas que ia ter a coragem de a assumir perante toda gente. Tem tanto medo de perder a saúde e a memória que quis deixar isto escrito, como se fosse um testamento. É duro, porque sou filha e estou longe de querer despedir-me dela, mas ainda bem que ela o escreveu”, disse-nos a atriz, que, quando leu este livro “assustadoramente verdadeiro”, riu e chorou.
Luísa Castel-Branco partilha com família e amigos a história da sua vida
A autora de 'Nos Teus Olhos Vejo o Mundo – A Vida Tal como Ela É'.
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