A campainha do Liceu Passos Manuel toca e vêm à memória de Catarina Furtado as recordações da adolescência. Na realidade, foi neste estabelecimento, em pleno coração de Lisboa, onde se realizou esta sessão fotográfica, que a apresentadora cresceu enquanto pessoa, fortaleceu laços de amizade, mas também experienciou os seus primeiros desgostos e obstáculos.
Comunicadora nata, Catarina, que faz 47 anos em agosto, considera que as experiências que partilha no seu novo livro, Adolescer é Fácil #Só que Não, enquanto mulher, mãe e ativista são uma boa ferramenta para adolescentes e educadores. “O feedback que tenho das escolas é que muitas das matérias que, em minha opinião, são absolutamente essenciais na construção do ser humano, do cidadão, não são dadas. Eu proponho-me a comunicar e a chamar a atenção para essas relações”, justifica.
Mulher de armas e de poucos medos, a apresentadora sente-se realizada a nível pessoal – é casada com o ator João Reis, de quem tem dois filhos, Maria Beatriz, de 13 anos, e João Maria, de 11 – e profissional, mas admite que tem saudades de voltar a pisar os palcos do teatro.
– Esperava escrever um livro para adolescentes aos 46 anos?
Catarina Furtado – O desafio partiu da Porto Editora, que achou que eu tinha um manancial de recolha de experiências para escrever um livro para adolescentes. Aliás, até me propuseram um guia, mas senti que não tinha autoridade técnica para o fazer. Fi-lo com base na minha experiência de 19 anos como embaixadora do Fundo das Nações Unidas para a População e de presidente da Associação Corações com Coroa, que fundei há sete anos, precisamente nesta escola, onde também comemorei os meus 40 anos. Os problemas da adolescência nos dias de hoje não são necessariamente diferentes dos que eu vivi. A partir do momento em que eu partilho, os jovens percebem que estou mais ao nível deles. Não quero ser a melhor amiga deles, mas, como diz o Ricardo Araújo Pereira no prefácio deste livro, uma espécie de irmã mais velha. O objetivo deste livro é criar uma ferramenta para os adolescentes, para que se sintam importantes, que os ajude nas questões da autoestima. Nesse sentido, quero ajudá-los a desenvolver aquilo que eu acho que é a salvação do mundo: a empatia.
Catarina Furtado “Estou confiante em relação à adolescência dos meus filhos, tenho poucos medos”
A propósito do seu novo livro, “Adolescer é Fácil #Só que Não”, a apresentadora fala-nos do seu processo de aprendizagem.
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