Catarina Teixeira Pinto, de 34 anos, já tem várias conquistas no currículo, mas agora, que tem o seu próprio projeto e se tornou empresária, sente que tem tudo a provar. Casada com o jurista Tiago Moreira da Silva e mãe de Matilde, de nove anos, Guilherme, de sete, e Tomás, de três, ter um emprego estável que lhe deixasse tempo para a família parecia ser a escolha mais acertada. Contudo, a filha do antigo presidente do BCP Paulo Teixeira Pinto e da antiga ministra da Justiça Paula Teixeira da Cruz sentia que tinha chegado o momento de arriscar e de realizar um dos seus grandes sonhos: criar uma marca inovadora, que aliasse sapatos à joalharia, duas das suas grandes paixões. E foi assim que nasceu a Haggua, uma aventura diária que lhe tem mostrado que vale a pena sonhar, como contou à CARAS durante uma tarde muito feminina passada a experimentar sapatos.
– Juntar sapatos e joalharia é o casamento perfeito para muitas mulheres…
Catarina Teixeira Pinto – Sim, e é uma aventura que me tem feito verdadeiramente feliz. Sou apaixonada por sapatos e joias e queria desenvolver um projeto em que pudesse conciliar estes dois mundos. E, mais do que lançar uma marca, queria criar um conceito diferente.
– O que é que este projeto tem de diferente?
– Queria juntar o calçado à joalharia mas de uma forma mais sofisticada do que aquelas que já existiam, queria fazer sapatos como verdadeiras joias. Estávamos habituados a ver sapatos com molas ou em que as aplicações estavam coladas ou cosidas. Tinha de conseguir criar uma forma mais elegante e confortável de conciliar estes dois elementos. Foram precisas muitas pesquisas para conseguir chegar a um componente magnético que inserimos nos sapatos e que não se vê nem sente. Por isso as pessoas podem trocar de ornamentos. É muito versátil e sustentável, porque com um par de sapatos conseguimos criar vários só mudando as aplicações. Os 11 modelos de sapatos que temos dão para os 17 ornamentos. E usamos os melhores materiais, tudo feito em Portugal.
– De quem herdou estas paixões?
– Foram-me transmitidas pela minha avó materna. Uso quase todos os dias uma joia que era dela. E já naquele tempo era a minha avó que desenhava as suas joias. Sempre que tenho algum momento importante faço questão de levar um anel que lhe pertencia. Depois, a minha mãe, sendo mais sóbria e clássica, sempre foi a minha maior referência em questões de estilo. E a minha tia, irmã da minha mãe, também foi uma grande inspiração.
Uma entrevista para ler na íntegra na edição 1245 da CARAS.