Por uma tarde, o antigo refeitório dos monges na Assembleia da República transformou-se numa passerelle por onde desfilaram causas sociais. Tendo como mote A violência não está na moda, este desfile teve como objetivo valorizar as mulheres vítimas de violência doméstica. Além dos manequins profissionais, desfilaram também algumas figuras públicas e ainda mulheres que viveram esta dura realidade, merecendo muitas palmas de toda a plateia. “É com enorme agrado que a Assembleia da República acolhe esta iniciativa, organizada em parceria com a APAV e com o Movimento Mulheres de Vermelho. A violência doméstica é intolerável e inadmissível. Como todos estamos cientes, é um fenómeno complexo que atravessa todas as classes sociais, idades, credos, grupos étnicos, orientações sexuais, níveis de educação e estados civis. A violência doméstica continua a ser um problema social dramático, que tem de ser resolvido. Precisamos de alterar mentalidades”, defendeu Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República.
Além de alertar para este flagelo social, o desfile teve como propósito apresentar The Thinker and The Sinner, uma marca que combate o desperdício têxtil, promovendo a economia circular e a sustentabilidade do planeta. “Esta ação de reciclar roupa com uma criatividade incrível mostra-nos como ter comportamentos mais sustentáveis. Deitamos tanta coisa fora que pode ser aproveitada! E são ações como estas que nos permitem mudar formas de pensar e de agir. Depois, também quis juntar-me a esta luta contra a violência doméstica e de apoio às suas vítimas, como mulheres, crianças e idosos. Todos temos de juntar as nossas vozes a esta causa. Temos de proteger estas pessoas e punir o mais rapidamente possível os agressores”, adiantou a mulher do primeiro-ministro, Fernanda Tadeu.
Assembleia de República serve de “passerelle” a causas sociais
Personalidades assistiram a um desfile dedicado às vítimas de violência doméstica e à sustentabilidade.
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