Esta terça-feira, dia 18 de janeiro, Boris Johnson deu uma entrevista a uma jornalista britânica em que reafirma que não mentiu sobre o Partygate. As acusações sobre as festas realizadas durante o período de confinamento na residência oficial do primeiro-ministro foram feitas por Dominic Cummings. O antigo assessor de Johnson afirmou inclusive que este enganou o Parlamento ao afirmar que desconhecia que a festa em maio de 2021, organizada no Jardim de Downing Street, e à qual compareceu, não era permitida. Em declarações esta terça-feira, Boris afirmou que acreditava tratar-se de um evento de trabalho, mas admitiu que estava “profundamente arrependido” pelos seus “erros de julgamento”.
“‘Ninguém me disse que o que estávamos a fazer era contra as regras, que o evento em questão era algo que não era um evento de trabalho, e, como eu disse na Câmara dos Comuns, quando fui para aquele jardim pensei que estava a participar num evento de trabalho”, disse o político britânico, que afirma não ter ficado lá mais do que uns “45 minutos” e não estranhou haver comida e bebidas nas mesas.
Questionado sobre se achava necessário dirigir um pedido de desculpas à rainha Isabel II – duas festas que tiveram lugar na residência oficial do primeiro-ministro aconteceram na véspera do funeral do príncipe Philip, em abril do ano passado, quando o país estava em luto nacional – Boris baixou a cabeça, suspirou e afirmou o seu “profundo arrependimento” pelo sucedido. “Só posso pedir desculpa à rainha e ao país e assumir toda a responsabilidade pelo que aconteceu”, terminou dizendo.