Apesar de ser muito atenta aos avanços da comunicação digital, Cristina Ferreira acredita que haverá sempre espaço para edições de revista e jornais impressas em papel. “Quem trabalha no meio sabe que temos tentado resistir à falência do papel. É preciso ser estoico neste meio e acreditar que um dia isto pode reverter. Tal como todos vaticinámos o fim da rádio e ela está aí, mais forte do que nunca, também acho que haverá uma altura em que o papel vai voltar a estar forte. Eu continuo a achar que o papel é o que guarda melhor as memórias. E quero acreditar que, daqui a 50 anos, alguma revista minha possa ser encontrada num alfarrabista qualquer”, afirmou a apresentadora, que recebeu, em nome da revista que edita com o seu nome, um Prémio Cinco Estrelas.
“Este reconhecimento é ainda mais importante uma vez que a revista é toda ela feita em Portugal e por equipas portuguesas. Existimos há oito anos, são quase 96 edições”, recordou Cristina, garantindo: “Acho que o digital é muito mais efémero do que aquilo que podemos deixar escrito em papel. Portanto, vou continuar a fazer a revista enquanto achar que o merece.”