A viagem começa cedo e em alvoroço. A algumas milhas espera-nos o Paso White – a passagem mais estreita de todo o percurso, com apenas 80m de largura. Os passageiros são convidados a juntarem-se ao comandante e a assistir às manobras. Corremos para a ponte, já cheia. Habituada à intrusão, a tripulação concilia as operações com esclarecimentos aos mais curiosos.
Ao fim do segundo dia avistam-se fragmentos de gelo, o glaciar Amália só pode estar perto. Assim que o navio se desvia para o canal que conduz ao ventisquero (como chamam aos glaciares os chilenos e argentinos), o cenário revelase impressionante. Em redor, impõem-se montanhas íngremes e nevadas, de onde escorrem quedas de água alimentadas pela neve e pelo degelo.
Na tarde do terceiro dia, três franceses divertem-se a resistir aos açoites do vento nos decks superiores. À medida que o navio penetra no Pacífico, a intensidade das rajadas aumenta, empurrando enormes vagas oceânicas. A simples descida da sala de convívio para os camarotes é uma operação arriscada, que exige força para agarrar os corrimãos e não ser varrido borda fora.
A não esquecer
Como ir: A Star Alliance (
www.staralliance.com ) voa para Santiago com a TAP (
www.flytap.pt ) a partir de €900 com taxas já incluídas. A partir da capital chilena, a empresa Air Lanchile (
www.lan.com ) assegura oito voos diários para Puerto Montt a preços que rondam os €150.
Moeda: Peso chileno (€1=CLP827).
Diferença Horária: – 4 horas TMG.
Clima: A época alta dos cruzeiros Navimag na Patagónia vai de Novembro a Março, quando o clima se torna mais suave.