Filho mais novo de Diana e do príncipe Carlos, Harry sempre foi um miúdo traquinas e adorado pelos britânicos. E, com a morte precoce da mãe num terrível acidente de viação, entrou ainda mais profundamente nos seus corações. Cresceu sempre em estreita cumplicidade com o irmão, William, mas ao contrário deste ganhou fama de enfant terrible da casa real britânica. Muitas namoradas – sendo que não ‘assentava’ com nenhuma – a que se juntavam as festas e noitadas com álcool e drogas à mistura, fizeram correr alguma tinta nos jornais, mas foram sempre olhadas com complacência pelos britânicos, conquistados pelo seu sentido de humor, gosto pela brincadeira, espontaneidade, alguma irreverência e um sentido de dever público.
A vida do príncipe mudou irrevogavelmente quando conheceu Meghan, uma atriz norte-americana que à época protagonizava a série de sucesso ‘Suits’. Harry rapidamente a pediu em casamento e a cerimónia, em Windsor, teve lugar em maio de 2018. Um ano, depois nascia Archie. Os britânicos acarinhavam os duques de Sussex, que numa primeira fase pareciam empenhados no seu papel de membros seniores da casa real. Até que Harry e a mulher decidiram dar um novo rumo à sua vida. O príncipe deixou o país que o viu nascer, renunciou ao seu lugar na família e partiu com a mulher e o filho, primeiro para o Canadá, depois para Los Angeles, onde vive. Já nos Estados Unidos, Harry e Meghan foram pais pela segunda vez, de Lilibet, há dois anos. O filho mais novo de Carlos III tem seguido o seu próprio caminho, nem sempre compreendido pelos demais, onde embora saliente a sua necessidade de privacidade, também se expõe a si e aos seus num percurso feito de altos e baixos.