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Brigitte Bardot
Getty Images
Depois da sentença de morte dada a dois elefantes tuberculosos do Zoo de Lyon, Brigitte Bardot, contagiada pela polémica que envolve o pedido de nacionalidade russa do ator Gérard Depardieu, resolveu escrever um comunicado em que se mostrou desagradada com a situação. “Decidi que vou pedir a nacionalidade russa para sair do país que se tornou nada mais do que um cemitério de animais”, escreveu.
O presidente francês, François Hollande, não ficou indiferente aos apelos da atriz e fez questão de lhe escrever uma carta para a informar que o abate dos dois elefantes tuberculosos tinha sido anulado. No documento, o chefe de Estado explica que, para assegurar que a sentença não seria executada, falou com o Ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll.
Antes desta decisão, Bardot chegou a pedir aos representantes políticos da região para entregar os dois paquidermes à sua Fundação para assegurar que ficavam a salvo.
A nova decisão está a gerar alguma polémica na medida em que vários especialistas das autoridades da saúde pública vieram dizer que não é possível tratar animais com tuberculose, além de que os elefantes poderão vir a transmitir o vírus a outros animais, aos tratadores e até aos visitantes do zoo.
A atriz é uma assumida ativista dos direitos dos animais. As suas reivindicações vão desde a utilização de animais nos circos e espetáculos até à contestação da venda de animais domésticos. Na década de 60, Brigitte Bardot lutou por uma lei relacionada com o abate dos animais e conseguiu que fossem aprovadas medidas de “atordoamento prévio ao abate”. Só no ano de 2004,a artista enviou cerca de sete petições ao então presidente francês, Jacques Chirac, e em 1986 criou uma fundação com o fim de proteger os animais dos maus-tratos.
A fundação tem o nome da atriz e, ao que consta, Brigitte Bardot vendeu vários objetos pessoais para realizar este projeto.