Os atores movimentam-se em cenários de época. Estamos em 1928 e o milionário pede a um amigo que lhe traga, de Nova Iorque, uma estatueta de valor incalculável que esteve em exposição num museu da cidade. Começa assim a trama de “O Ídolo”, a curta-metragem que parte de um argumento que Fernando Pessoa idealizou na fase em que mostrou interesse pelo cinema que ainda era mudo, mas já se espalhava pelo mundo.
O poeta chegou mesmo a idealizar a sua própria produtora cinematográfica, a “Ecce Films” que viveria em São Bento, paredes meias com outras grandes produtoras que já aí filmavam. Esta faceta de Pessoa está contada no livro: “Fernando Pessoa, Argumentos para filmes”, de 2011, edição Babel.
Os autores Patricio Ferrari e Claudia Fischer fizeram a recolha dos documentos e fornecem o contexto da forma como a 7ª Arte foi várias vezes referida em obras de Pessoa. E o poeta começou a escrever 6 argumentos para cinema… em português, inglês e francês. As ideias inacabadas, acabaram por ficar esquecidas.
Foi preciso esperar quase 1 século para ver a materialização da adaptação ao cinema de um desses guiões. E este “O ídolo” é, mesmo, uma abordagem única: todo o filme foi capturado pelas lentes de um telemóvel. A obra concretiza-se numa curta-metragem que resulta de uma iniciativa da Samsung e da Uzina que juntou o realizador Pedro Varela e a produtora Blanche Filmes.
Uma produção cinematográfica
A escolha pelo guião “Note for a Thriller, or Film”, de Pessoa, colocou no terreno uma equipa de mais de 40 elementos numa produção que, durante 6 dias, fez filmagens em locais que passaram por Lisboa, Viana do Castelo e pela Serra de Sintra. Depois, a pós-produção envolveu mais umas dezenas de pessoas em cidades como São Paulo e Lisboa.
“O Ídolo” junta um elenco composto por atores nacionais e internacionais. Sendo que, do lado português, as personagens são encarnadas por atores bem conhecidos do público como Tiago Felizardo, Ana Vilela da Costa, Soraia Tavares e Paula Magalhães. O protagonista, Tiago Felizardo, é Augusto Sotto, o homem desafiado a transportar de Nova Iorque para Southampton a tal estatueta de valor incalculável. A viagem a bordo de um luxuoso transatlântico está repleta de surpresas típicas de uma história de suspense.
Pedro Varela, realizador e guionista português (que realizou, por exemplo, “Esperança” para a SIC), foi desafiado a continuar a ideia iniciada por Fernando Pessoa: « Este argumento, e um pouco à semelhança de outros deixados por Pessoa no mesmo período, remete para objectos de arte de grande valor, viagens transatlânticas e sempre a ideia de jogar com o que parece, e que nem sempre é. O género também estava bem definido no cabeçalho “Note for a Thriller, or Film”. As suas ideias eram influenciadas parece-me, pelo género muito em voga na época e popularizado pela literatura, de crimes, suspense e mistério, o thriller. Em trabalho de equipa com a Agência, definimos a época e o tom etc… Depois fechei-me e entrei num processo igual ao de sempre, procurar até encontrar. A página onde Pessoa descreve a sua ideia para este filme é o suficiente para nos transportar para estas viagens transatlânticas entre Nova Iorque e a Europa, escrita em inglês, como a maioria das suas notas sobre cinema. Depois de pesquisar e começar a formar ideias, nascem as personagens, que depois começam a falar etc… e no meu caso nunca sei quem irá falar mais, já comecei guiões a pensar que X era o protagonista, e subitamente tudo mudar, e tratar-se afinal da história de Y.
Mas a minha decisão mais importante no Idolo, foi trazer a língua portuguesa para o projeto, tinha de falar-se em português, e claro manter o universo falado em Inglês, da ideia original», comenta Pedro Varela sobre os argumentos inacabados de Pessoa e da sua missão que, além de realizador de “O Ídolo”, foi também guionista.
Faça a sua história
O Galaxy S21 Ultra 5G, da Samsung, é o smartphone mais avançado do mundo no que à fotografia e vídeo diz respeito. Um conjunto de lentes muito poderoso, permite capturar imagens realistas, de elevado pormenor e muito fiéis ao original. São estas capacidades que permitiram capturar com qualidade profissional todas as imagens de “O ídolo”.
E como terá sido filmar com um smartphone? «Foi muito semelhante ao filmar com equipamentos profissionais, e rapidamente nos adaptámos, e transformámos as diferenças “menos boas”, em vantagens. A velocidade com que se muda de posição e o lugar onde se consegue colocar a câmara(telefone) é uma grande vantagem por exemplo. Mas a minha adaptação começou no momento que escrevi o guião, é aí que se tomam as decisões mais importantes. Mas o que o Samsung Galaxy S21 Ultra oferece enquanto registo base é incrível, e depois juntando-lhe uma equipa profissional cheia de talento, não existem impossíveis, o céu é o limite».
Esta é uma curta-metragem que nos transporta para um registo que muitos vão reconhecer dos romances policiais que foram popularizados por vários autores como, por exemplo, Agatha Christie. O registo cinematográfico obtido a partir de um smartphone é surpreendente a todos os níveis. Seja pelos movimentos suaves da câmara, seja pelo modo como é possível ver pormenor nas áreas mais escuras da imagem.
Para a Samsung, esta é, igualmente, uma das formas da empresa concretizar o lema, #DoWhatYouCant. Mote que tem servido para a empresa desafiar pessoas e comunidades a ultrapassar barreiras que considerem, à partida, intransponíveis. Algo que a maior fabricante mundial de smartphones efetiva ao dar vida a este guião de Fernando Pessoa escrito há quase 100 anos.
Portugal em primeiro!
A ideia germinada pela Samsung em colaboração com a Usina, parte de uma estratégia de portugalidade que a empresa tem seguido nos últimos anos. Em 2019, um telefone da Samsung foi usado para fazer aquela que é a maior foto contínua da costa portuguesa; o ano passado, a mítica estrada N2 foi percorrida por dezenas de entusiastas da fotografia; agora, foi o tempo de Pessoa.
«Fernando Pessoa é o poeta mais reconhecido do nosso país, um verdadeiro ícone, basta olhar para a sua silhueta para rapidamente associarmos a imagem ao nome. Foi mais do que um artista, foi sociólogo, crítico, ensaísta, personificou a verdadeira alma lusitana e representou-nos a todos enquanto povo. Produzir pela primeira vez um filme que surge de um guião inacabado de Fernando Pessoa é a Samsung a fazer aquilo que nunca tinha sido feito e isso encaixa na perfeição no ADN da marca. É também uma oportunidade de dar ao público português um produto artístico que tem como base a criatividade de um dos seus maiores heróis literários e não vemos melhor maneia de aproximar a Samsung ao público português» explica José Correia, diretor de marketing de Produto Mobile, da Samsung Portugal.
«Temos grandes ambições para este projeto e uma delas é que O Ídolo seja bem aceite como produto artístico. Queremos ter um produto artístico totalmente realizado com o Galaxy S21 Ultra que mostre as possibilidades da câmara do smartphone e que posicione a marca Galaxy como a marca de excelência para a criação de conteúdo. As funcionalidades do Galaxy S21 Ultra, como o Director’s View, a possibilidade de filmar em 8K ou o modo super estável, dão aos criadores de conteúdo ainda mais possibilidades para explorar a sua própria criatividade», acrescenta o responsável da Samsung Portugal.
E agora está na altura de ver a curta-metragem captada com o topo de gama da Samsung