“A Bisarro nasceu da vontade de criar novas formas com o barro negro de Bisalhães, que, como vilarrealenses, sempre nos inspirou”, diz Renato Rio Costa, fundador do projeto. “Nas nossas peças a cozedura ainda é inspirada no processo tradicional e, embora não seja feita em Bisalhães, mantemos uma grande admiração por quem trabalha o barro tal como antigamente”, observa, continuando: “Como ainda nos inspiramos na cozedura tradicional (usamos uma estrutura no chão, em vez de um forno convencional), as nossas peças continuam a ter ligação ao modo mais artesanal e antigo de produzir barro preto português. O peso dessa tradição é inigualável com outras formas de produção. Vendemos, sobretudo, para o mercado nacional decorativo e utilitário. Os nossos clientes procuram peças diferentes, minimalistas, mas que, mesmo assim, tenham uma história para contar. Uma peça Bisarro é sempre assunto para uma boa conversa.”
O projeto, intitulado Bisarro (de Bisalhães e barro), alia o saber artesanal da pequena aldeia serrana do concelho de Vila Real com o design contemporâneo
Sobre o processo. “As peças são feitas à mão, algumas com recurso a moldes de gesso, e depois cozidas num forno construído no chão, que se assemelha ao processo de cozedura do barro preto tradicional da região de Trás-os-Montes. É o fumo que, quando aprisionado no interior do forno, fixa naturalmente a cor preta nas peças, sem qualquer aditivo. É um processo mais lento e falível do que cozer num forno convencional, mas é o que dá personalidade e o aspeto único às nossas peças”, diz Renato Rio Costa.
Além da loja online (bisarro.pt/shop), as cerâmicas da Bisarro estão disponíveis na Banema Studio, Crivart, Oficina 43, entre outras.
FOTOS: André Macedo
