A residência, edificada de raiz, com 300m², distribuídos por cozinha, duas salas, três quartos e quatro casas de banho, sendo uma delas social, segue as linhas mestras da arquitetura tradicional algarvia.
“O meu sonho sempre foi o de construir uma casa com traços algarvios na zona de Tavira”, conta Joana Cartagena, proprietária. “O nosso dia a dia baseia-se nos cuidados agrícolas e tudo o que envolve a produção agrícola. Os alimentos são todos de produção própria e biológica”, nota a dona da casa.
“O nosso lugar preferido é o alpendre, com vista para o jardim e, ao longe, o mar.” É uma zona de estar ao ar livre protegida do sol por pérgula com cobertura de cana algarvia. Candeeiros de suspensão marroquinos e peças de mobiliário em vime. Ao fundo, área de refeições com cadeiras Panton brancas.
A zona de refeições no exterior é composta por uma mesa em madeira, feita à medida para o projeto por um carpinteiro local, e cadeiras em vime, provenientes da Ecolar, em Almancil.
Este é o espaço ideal para o casal usufruir do ar livre e reunir familiares e amigos à volta da mesa.
Junto à área de refeições, o espaço com um tradicional forno a lenha é um dos mais requisitados.
Usufruir do clima ameno e sempre que possível relaxar, eis os mandamentos desta casa para ser vivida ao sabor dos dias.
Na sala, os vários ambientes estão interligados. Há muitas peças de mobiliário rústicas, com proveniências várias, tons claros e tecidos naturais (linho, algodão, serapilheira).
Ampla e em aberto, a sala comunica com o exterior. As várias extensões de vidro convidam à entrada de abundante luz natural.
As escadas ligam a área social ao mezanino. O branco predominante é realçado pela madeira (mobiliário, porta, pavimento).
Na casa de jantar, destaque para a rusticidade e ousadia no candeeiro de suspensão, adquirido na Donker, em Lisboa.
Junto à cozinha, a escolha recaiu sobre linhas direitas e contemporâneas, assim como durabilidade e funcionalidade. A bancada, com bancos altos, para pequenas refeições, favorece o convívio.
Na parede junto às escadas, a murjona, “objeto tradicional da pesca algarvia, mais precisamente da zona de Tavira”.
O branco, presente nas peças de mobiliário, reflete a luminosidade sem comprometer o conforto e a sensação de bem-estar nesta suíte. Na parede, quadro da artista local Lis Petersen representando as salinas e a recolha de sal em Tavira. O ‘toque de estilo’ fica por conta dos têxteis e objetos criteriosamente escolhidos.
Romantismo e classicismo atribuídos pela banheira com pés, estilo vitoriana, que atrai o olhar no WC do quarto de hóspedes.
Charme moderno à moda antiga. No quarto de hóspedes, cama de ferro francesa com dossel. Tapete marroquino e sofá de família. Mesa de apoio e peças da Zara Home.
Quarto de hóspedes com elementos e detalhes marroquinos.
A maioria do mobiliário da casa foi adquirido em mercados algarvios de velharias e algumas peças são provenientes de vários pontos do mundo.
Fotos: Ana Paula Carvalho