Segundo 315 testemunhos recolhidos em 118 concelhos do país, pela associação ambientalista Zero, a humidade, o bolor e as infiltrações são os principais problemas apontados nas habitações que contribuem para a conhecida pobreza energética dos portugueses.
À agência Lusa, o presidente da Zero referiu que entre os problemas mais destacados pelas pessoas que participaram neste inquérito online estavam a humidade, o bolor, as infiltrações, consequências relacionadas com o facto de o país ter “construções muito antigas, com fraco isolamento térmico, e janelas antigas”.
“Há aqui um peso absolutamente fundamental da qualidade da construção”, salientou Francisco Ferreira, apontando que o desconforto térmico associado ao frio “tem um peso muito grande”, apesar de os meses mais quentes também influenciarem o conforto térmico das habitações.
Esta iniciativa de recolha de testemunhos faz parte da campanha “Casa Quente para Toda a Gente”, que decorre desde há alguns meses, e visa alertar e sensibilizar para a pobreza energética em Portugal. Segundo Francisco Ferreira, o objetivo da campanha é alertar o governo e destacar a falta de qualidade geral dos edifícios, razão pela qual a Zero entregou os 315 testemunhos nos ministérios do Ambiente e Ação Climática, e da Habitação.
Para o presidente da Zero, importa trabalhar pela melhoria do conforto térmico no longo prazo, com intervenções ao nível das janelas (sugerimos as várias propostas da marca Velux), no tipo de isolamento e no que leva a gastar menos energia no futuro para garantir mais conforto nas casas dos portugueses, tanto de inverno como no verão.