Situada na região turística de Yucatán, “A Casa Que Canta” recebeu este nome por ter sido propriedade do compositor mexicano Don Chucho Herrera. O edifício original possuía elementos tradicionais que o novo projeto de remodelação, a cargo do atelier Workshop, procurou resgatar. São disso exemplo os ‘tapetes’ de mosaicos hidráulicos nos pavimentos de todas as divisões, à exceção da cozinha.
A residência é composta por dois volumes principais. Entre os dois, há um jardim com árvores tropicais preservadas e uma piscina.
No primeiro volume conta-se um hall, quarto de hóspedes, duas salas de estar e cozinha, esta integrando a sala de jantar.
É nesta cozinha, com vista para a sala de jantar e para o jardim, que todos se reúnem.
O mobiliário privilegia as madeiras naturais e linhas descontraídas.
No segundo, está a zona mais privada, inclui suíte, closet e vista para o jardim. Contudo,
o local privilegiado do imóvel é aquela área comum composta por cozinha e sala de jantar.
Por natureza, é aqui onde todos se juntam, até porque goza de uma vista refrescante para o jardim, através de um plano de de vidro.
Na entrada, o pé-direito generoso da casa foi preservado, uma zona que funciona como hall de entrada e é mais uma sala.
No teto, as vigas em madeira pintadas também se mantiveram no novo projeto. Foram aplicadas nas paredes de todas as divisões diferentes cores. O mobiliário é simples e apenas o essencial.
As obras de arte homenageiam vários artistas mexicanos.
Na suíte, descomplicar parece ter sido o objetivo desta restauração. Espaços amplos, desafogados, seleção de peças minimais, apenas para garantir funcionalidade e conforto.
Na casa de banho foi instalada uma bancada suspensa, em pedra.
O quarto para convidados tem pavimento decorado com ‘tapete’ em mosaico hidráulico.
Tal como na restante casa, o mobiliário selecionado é em madeira natural de linhas contemporâneas.
Apesar de a remodelação ter tido em conta detalhes tradicionais da arquitetura da região, a decoração foi atualizada: o mobiliário tem linhas contemporâneas, a remeter para um estilo nórdico mais europeu.
Segundo o atelier Workshop, procurou-se com este projeto modernizar sem destruir traços identitários da construção, detalhes característicos da arquitetura colonial desta região mexicana, hoje meca do turismo internacional.
Fotos: Tamara Uribe