A casa, marcada por uma envolvente rural e natural, remete para vivências do passado sem ignorar as exigências de conforto atuais, atribuídas pelas obras de renovação.
À entrada, a proprietária Claudia Lomma.
Respeito pelo património arquitetónico através da preservação dos materiais e de técnicas construtivas, salvaguardando a autenticidade da casa.
Casal. A empresária Claudia Lomma e o artista plástico Benjamin Spark trocaram Bruxelas pela aldeia de Potelières, no coração da região da Occitânia.
No exterior, destaque para as mesas de refeições e espaços de lazer ao ar livre. A pérgula, de valor estético e funcional, é forrada a junco.
Estar. A proprietária, apaixonada por decoração, optou por combinar objetos antigos e heranças de família com peças e têxteis trazidos de Marrocos.
Entre os elementos originais, cuidadosamente preservados, está a antiga lareira, assim como as paredes em pedra seca e caiadas de branco.
Refeições. Aposta numa composição moderna que equilibra rusticidade com despretensão, aliando peças artesanais e elementos naturais. O chão, em travertino, foi habilmente mantido. A luz natural entra em abundância pelas janelas de origem, pintadas de azul, cor aplicada ao louceiro.
Na cozinha, a madeira natural e o artesanato (azulejos, cerâmicas) adicionam uma atmosfera de harmonia e conexão com a Natureza.
Escritório. Claudia Lomma procurou criar um ambiente que, embora assumidamente atual e funcional, não rejeitasse o ar antigo das peças com histórico familiar.
“Eu tinha alma de citadino, mas assim que chegámos aqui percebi que poderia montar o meu estúdio, que sou livre para trabalhar em qualquer lugar”, diz o proprietário.
Rusticidade. As paredes, pintadas de azul, a remeter para Chefchaouen, em Marrocos, partilham o protagonismo com o mobiliário e as peças de linhas rústicas.
Quarto. Mistura de dois estilos que aparentemente seriam opostos: o contemporâneo e o rústico, presentes no mobiliário e nas texturas.
A modernidade, em contraste com a arquitetura antiga da casa, dialoga com a mistura de materiais e peças de personalidade rústica.
Suíte. As escolhas naturais das peças de mobiliário feitas à mão aos têxteis, numa combinação harmoniosa, ajudam a trazer a Natureza para dentro de casa.
O estilo campestre trouxe aconchego à casa de banho, com o móvel, lavatório, misturadora e banco artesanal a evocar a atmosfera rural.
“Queríamos muito ter casas de banho confortáveis, mas preservando a simplicidade do lugar em todas as divisões da casa”, conta o casal de proprietários.
A casa, marcada por uma envolvente rural e natural, remete para vivências do passado sem ignorar as exigências de conforto atuais, atribuídas pelas obras de renovação.
Antiga casa de família, com 350m2, transformada num refúgio de paz e tranquilidade para um casal que decidiu trocar a cidade por uma pequena aldeia.
A pandemia levou Claudia Lomma e o marido, Benjamin Spark, a trocarem Bruxelas (Bélgica) pela aldeia de Potelières, no coração da região da Occitânia, no Sul de França.
Na antiga casa de família de Benjamin, com 350m², o casal realizou as obras necessárias para adicionar conforto e modernidade à habitação, que não era renovada há mais de 40 anos. “Quando chegámos aqui, era como se a casa nos esperasse e decidimos instalar-nos”, conta a empresária.
Os interiores foram repaginados, mantendo, no entanto, a configuração original e o caráter da construção. “Queríamos muito ter uma cozinha com acesso direto ao jardim e casas de banho confortáveis, mas preservando a simplicidade do lugar”, enfatiza o artista plástico.
A decoração, pensada pela proprietária, é simples, combinando objetos antigos e heranças de família com móveis e acessórios trazidos de Marrocos. Lá fora, destaque para a vida ao ar livre, seja à mesa, à sombra de uma árvore ou à beira da piscina.
Produção e styling: Marie Maud Levron FOTOS: Yann Deret