Respeitar o lugar: o refúgio de Françoise Dumas no Carvalhal
Exterior. Casa tradicional, de traços arquitetónicos simples, com paredes brancas e contornos (de porta e janela) em azul. O alpendre convida ao convívio ao ar livre.
Proprietária. Françoise Dumas é amiga de longa data de Jacques Grange, uma espécie de embaixador não oficial da Comporta, que lhe apresentou a região. Em 2009 a empresária decidiu comprar casa no Carvalhal, onde fez morada.
Refeições. Uma cabana em madeira alberga a casa de jantar, que privilegia os materiais naturais e transmite uma simplicidade cuidada.
Detalhes. O tampo da mesa, com estrutura em ferro, está revestido a azulejos portugueses, uma paixão da proprietária, colecionadora confessa de faiança e cerâmica portuguesas.
Zona de refeições criada no exterior, com banco corrido em alvenaria, respeitando a traça alentejana original. O azul e branco nos têxteis remetem para a tranquilidade do céu e a proximidade do mar.
Cozinha. O elogio ao estilo rústico faz-se através dos materiais eleitos, assim como das soluções simples, do mobiliário em madeira e de elementos decorativos tradicionais.
Tradição. Antigo suporte de parede, em madeira, para pratos, exibindo peças cerâmicas, a maioria portuguesas, colecionadas por Françoise Dumas.
Pormenores. A madeira, em peças de mobiliário, contrasta com o branco utilizado nas paredes e vigas de madeira (teto com barrotes à vista). Acessórios, cerâmica, pratos e objetos antigos prestam homenagem ao artesanato português.
Sala. A decoração, pensada para uma vivência simples, confortável e contemporânea, cruza peças de várias proveniências (Portugal, França, África). Entre os detalhes arquitetónicos, destaque para a lareira de caráter tradicional. Aqui, a ideia é respeitar a autenticidade do lugar.
Quarto. Antiguidades, mobiliário vintage, objetos únicos e têxteis de qualidade enriquecem a composição. Ambiente luminoso reservado a hóspedes.
Casa de banho. O equilíbrio entre os tons de branco e os materiais naturais realça a atmosfera rústica, descontraída e aconchegante, com ares de casa de praia.
Transição. A janela, com contorno revestido a azulejos portugueses, permite estender o olhar e apreciar o verde da Natureza, que, juntamente com a luz natural, entra casa adentro.
Suíte. A utilização de diferentes texturas, da madeira à palhinha, e peças artesanais de estilo rústico traz uma estética boho, típica dos anos 70, e um toque natural ao ambiente.
À entrada para a suíte, área de estar que mescla fibras naturais com peças de origem africana e apontamentos de cores vivas nos têxteis e nas obras de arte.
Alianças. O segredo está na mistura. A poltrona, em fibra natural, e o mobiliário africano atraem o olhar e combinam com o colorido tapete e as antiguidades, caso dos apliques de parede.
Exterior. Casa tradicional, de traços arquitetónicos simples, com paredes brancas e contornos (de porta e janela) em azul. O alpendre convida ao convívio ao ar livre.
Exterior. Casa tradicional, de traços arquitetónicos simples, com paredes brancas e contornos (de porta e janela) em azul. O alpendre convida ao convívio ao ar livre.
Adquirida em 2009, a casa acompanha o ritmo descontraído e a simplicidade da Costa Alentejana, região que conquistou a proprietária.
Antes de se tornar a residência de Françoise Dumas, existiam no terreno, localizado no Carvalhal, duas casas a pedir junção e interiores à espera de se abrirem, por forma a proporcionarem “uma vida confortável”, conta a francesa que adquiriu a propriedade em 2009, depois de um verão como hóspede de Jacques Grange na Comporta.
Hoje, com 200m², distribuídos por salão, biblioteca, suíte e quarto de visitas, casa de jantar e cozinha, o espaço exala a atmosfera de uma cabana da região, de traços arquitetónicos simples, na qual rusticidade e requinte convivem harmoniosamente e se traduzem em combinações como artesanato local, azulejos portugueses, cerâmica de autor, com a assinatura de Bela Silva, ou peças provenientes da loja de José e Isabel Canudo, a Santa Maria Velharias, na Quinta da Comporta, e elementos oriundos de França ou África.
“Simplicidade, autenticidade, respeito pela Natureza, local e história”, eis o que cativou Françoise Dumas, que, feliz, aqui passa os dias a fazer “jardinagem, caminhar até a vila para fazer compras, almoçar com amigos em casa ou perto da praia”.