Conte-nos um pouco sobre a história da MOR Design. Como surge?
A MOR surgiu de uma relação profissional que se foi tornando pessoal, em que os sócios descobriram o gosto pelo mesmo tipo de objetos simples, funcionais e intemporais. De uma primeira coleção de objetos minha surgiu a vontade de partilhar com outros este gosto, convidando desde logo outros autores a colaborarem numa marca nossa.
Porquê MOR e o que significa?
Este nome, que foneticamente em inglês significa mais, é também um sufixo antigo português para maior: Montemor, guarda-mor, etc., o que é uma bela ligação. O nome MOR é um pouco uma contradição, uma vez que o que temos são produtos muito simples, mas que oferecem muito mais do que parece à primeira vista. Falando de design minimalista, é uma das frases mais universais, embora polémica para alguns, less is more, que nós adotámos como “MOR with less”, ou seja, mais com menos. Já em dinamarquês ou sueco, MOR quer dizer mãe, outra bela surpresa.
Qual o posicionamento e a filosofia da marca?
A marca assenta em poucos pilares, mas que são fundamentais: funcionalidade, qualidade, simplicidade e intemporalidade. Estes suportam o grande objetivo da sustentabilidade, pois, na nossa opinião, são aspetos que fazem com que o mobiliário não passe de moda, e nada mais sustentável do que objetos que durem muito tempo.
Que produtos e soluções oferece a MOR Design?
A MOR iniciou a sua produção com mobiliário e iluminação para a casa desenhados por sete designers e arquitetos: Álvaro Siza, Daniel Schofield, Julien Renault, Keiji Takeuchi, Hugo Passos, Line Depping e Jakob Jørgensen e Pedro Sottomayor. A estes resolveu juntar algumas edições de arte limitadas de Álvaro Siza e Marta Cruz. Mais recentemente, lançámos uma coleção muito significativa de acessórios [em mármore, madeira, metal, vime] de cerca de 20 novos designers e arquitetos, que abrange quase todas as áreas da casa.
Em que medida é que a colaboração com autores convidados (designers, arquitetos) é um fator-chave para a marca?
Acreditamos que a diferença e multiculturalidade, mesmo na máxima simplicidade, são fatores de crescimento e enriquecimento da marca. Daí a colaboração com autores convidados, sejam eles designers, arquitetos ou artistas, novos ou mais velhos, portugueses ou estrangeiros, homens ou mulheres. Dessa forma existem diferentes abordagens e linguagens, mesmo que sempre ligadas pela simplicidade.
Há alguma peça ou coleção da MOR Design de que goste particularmente?
Gosto muito de todas, mas a cadeira Lisboa, do Keiji Takeuchi, ou os cestos Furna, da Eneida Lombe Tavares e do João Xará, são muito bons exemplos de peças realmente especiais.
O que se segue?
A MOR quer continuar a alargar o seu catálogo e as suas colaborações, de forma a promover o bom design, o bom gosto, o equilíbrio e a sustentabilidade da nossa vida, do nosso trabalho e do planeta.
Confira algumas das peças da MOR Design na fotogaleria.