Directa e sem medo das palavras. Foi esta a atitude assumida por Verónica Lario, mulher de Sílvio Berlusconi, numa entrevista ao jornal La Stampa. Apesar do cargo do seu marido a obrigar à exposição pública, Lario afirma: "A mulher do primeiro-ministro deve manter-se na sombra. Para mim, as verdadeiras representantes do país são as mulheres que trabalham nos partidos". "Nunca fui primeira-dama e nunca o serei", adiantou ainda. Esta não é a primeira vez que Verónica Lario faz declarações polémicas e, há já alguns meses, recebeu muitas críticas quando expressou a sua opinião acerca do papel da mulher que, no seu entender, deve ser de total dedicação ao marido e à família. A esposa do primeiro-ministro italiano pretende preservar a sua vida e o seu casamento, evitando ao máximo que estes sejam expostos. "Itália não é como os Estados Unidos. Lá assistimos a escândalos como o do governador de Nova Iorque que foi à televisão acompanhado pela mulher para confessar o adultério, como se isso fosse garantia de arrependimento". Casos mais actuais como o casamento de Nicolas Sarkozy com Carla Bruni ou de Vladimir Putin com uma jovem ginasta também mereceram o comentário depreciativo de Lario. A esposa de Sílvio Berlusconi aproveitou, ainda, para lamentar que "a política tenha rompido com a ideia de tradicional de família".
Mulher de Sílvio Berlusconi recusa o estatuto de primeira-dama
Verónica Lario pretende manter uma postura discreta durante o terceiro mandato do marido como primeiro-ministro italiano