Foi na casa de férias do casal, na Quinta do Lago, que a CARAS questionou os dois sobre a alegada separação e ficou a saber que tudo não passou de rumores.
– Este mês celebram três anos de casados. Que balanço fazem?
José Maria Tallon – Muito bom, mas não tem sido diferente de quando éramos solteiros e vivíamos juntos. Digamos que o balanço de todo o relacionamento é muito positivo, e não apenas destes últimos três anos.
Sofia Tallon – Já estamos juntos há sete anos, tanto no trabalho como em casa, e tem resultado muito bem. Conseguimos dividir bem as coisas e tirar sempre o lado bom de tudo. Os contos de fadas existem e vivo um, mas também nesses contos existem as bruxinhas. Só que na nossa história somos nós que vamos ter um final feliz. Não há nada que seja perfeito, mas eu encontrei o meu príncipe encantado. [risos]
– Houve rumores de que estavam separados e, normalmente, não há fumo sem fogo. Mas este ditado não parece aplicar-se a vocês…
José Maria – Penso que foi uma má interpretação de uma circunstância que já se vinha arrastando há algum tempo. Às vezes estamos fisicamente separados, por motivos profissionais, e foi o que aconteceu novamente. Quando me perguntam pela Sofia, não escondo se ela está ou não em nossa casa e talvez isso tenha feito as pessoas presumir que já não estávamos juntos, mas isso não é verdade. Até porque se estivéssemos realmente separados, não o esconderia, não faz sentido manter as aparências.
– Incomodam-se com esse tipo de notícias?
– Não.
Sofia – Eu incomodo-me um pouco mais, até porque a relação que o Zé Maria tem com a imprensa é mais antiga do que a minha. Felizmente ele ensinou-me a não dar importância a coisas como estas. Não me afectou, porque tenho tido um bom professor a meu lado.
– Fazem ideia de como surge este tipo de rumores?
José Maria – Claro que sabemos, mas para já essa informação tem de ficar para nós. Um dia tudo se tornará público e aí direi por que acontecem coisas destas. É verdade que também sabemos que a imprensa vive de notícias apelativas e sempre aceitámos as regras do jogo e, por isso, entendemos perfeitamente.
Sofia – E quem foi serve-lhe muito bem o chapéu, porque não conseguiu atingir os seus fins. Acho que é tudo uma questão de inveja.
– E para os seus filhos, não é complicado lerem notícias desse tipo?
José Maria – Não. Também sei que se algum dia tiverem alguma dúvida no que lêem, virão perguntar-nos directamente.
Sofia – A Bia nem sabia e, quando leu, também não deu importância. Eles sabem o que se passa em casa, portanto, não há margem para dúvidas.
– A Sofia nunca quis preencher o lugar das mães dos filhos do Zé Maria. Mas é notório que se dão muito bem…
– Foi uma coisa construída e ganha a pouco e pouco. Este é um papel complicado, até a palavra madrasta é feia, é muito mais bonito em francês, belle-mère. [risos] Nunca quis ocupar o lugar da mãe, mas sou mulher do pai deles e, por isso, têm de me respeitar como tal. E eles sabem até onde podem ir e não deixam de gostar de mim por isso. É claro que também me vêem como alguém em quem podem confiar. Normalmente, até é a mim que pedem ajuda para convencer o pai em algumas coisas, mas eles têm mãe, e quero que assim seja, que mãe há só uma.
José Maria – Com os meus filhos mais velhos, a Sofia representa o papel de amiga, mas os mais pequenos, como já estamos juntos há algum tempo e os acompanhou desde cedo, acabam por, pontualmente, ver a Sofia no papel de mãe.
– Sentem necessidade de ter momentos a dois?
Sofia – Sem dúvida, é muito importante, e acho que é isso que mantém acesa a chama. É preciso haver tempo para as crianças e para fazer coisas em família, mas também é preciso tempo para o casal.José Maria – Não há nenhuma chama que funcione sem lenha e os casamentos são iguais, se não são alimentados, gastam-se.
– Já sabem onde vão festejar o vosso aniversário de casamento?
– Este ano não devemos fazer nada de especial. Vamos sempre uma semana de férias e devemos passar pelo local onde nos casámos, mas o meu filho Pepe e o irmão da Sofia vão para a Hungria estudar Medicina e têm de se apresentar na escola exactamente no mesmo dia em que nos casámos e, como é óbvio, vamos estar com eles.
– Já estão juntos há sete anos. O que mudou, melhorou ou piorou?
Sofia – Aprendi a ceder. Vivi cinco anos sozinha e por vezes é complicado gerir marido e filhos… Relações perfeitas não existem, mas a compreensão mútua que temos e os bons ouvintes que somos são fundamentais. O amor e a chama da paixão mantêm-se, mas tem de haver uma amizade sincera. Essa é a base de tudo. Admiro o Zé Maria a todos os níveis, é um homem profissional e um pai extremoso, tomara muitas mães serem assim.
José Maria – Nos últimos 25 anos, sempre vivi acompanhado e, por isso, a minha adaptação foi menor. Cada relação é uma experiência nova e as anteriores só servem para nos tornar mais tolerantes. Além da Beatriz, a Sofia é a minha princesa. Foi-o quando a conheci e assim permanece.
– Gostariam de ter filhos em comum?
Sofia – Claro que sim, mas não para já. Quero-me dedicar ao meu trabalho, e acho que tudo a seu tempo.
José Maria – A Sofia empenha-se muito no trabalho e é muito perfeccionista, por isso, acredito que só quando tiver mais disponibilidade mental é que será mãe. Por mim, é quando ela quiser. [risos]