Foi o regresso de Fátima Lopes aos ecrãs de televisão. Quase três meses depois de ter sido mãe, durante os quais optou por não ir a eventos públicos, a apresentadora surgiu na Gala dos Globos de Ouro feliz, sorridente, e com um brilho nos olhos.
Apesar de sentir saudades do filho,
Filipe, que completa três meses no próximo dia 26, Fátima tentou manter-se descontraída, respondendo com simpatia aos elogios que lhe faziam, sobretudo por ter recuperado tão rapidamente a sua forma física.
"Já estou quase no meu peso antigo e, segundo a minha médica, assim que deixar de amamentar volto ao meu peso normal. No final da gravidez tinha 15kg, já perdi 12kg sem fazer nada, e agora com massagens, drenagens linfáticas, exercícios de pilates e uma alimentação equilibrada espero recuperar as minhas medidas antigas, que ainda não tenho…", revelou a apresentadora, que surgiu na Gala com um visual muito primaveril, acompanhada pelo marido,
Luís Morais, com quem comemorou recentemente quatro anos de casada e seis de namoro.
Em casa, aos cuidados dos avós maternos, ficaram os filhos de Fátima, Filipe e
Beatriz, de nove anos.
Está quase a regressar ao trabalho, que estava previsto para o início de Junho…
Fátima Lopes – Isso era a previsão inicial mas, neste momento, a SIC está a decidir a minha data de regresso. Vai começar a grelha de Verão, o que implica emitir programas novos e, portanto, a SIC está a ver qual é o momento ideal para eu regressar à televisão.
E essa indecisão assusta-a ou é encarada como uma forma de poder passar mais tempo com os seus filhos?
Encaro como uma forma de estar mais tempo com os meus filhos. Com a Beatriz eu estive pouco tempo em casa, o que acho que não é bom… é um esforço sobre-humano. Nessa altura trabalhava duas vezes por semana, era um programa gravado e, por isso, até conseguia dar de mamar entre as gravações. Agora acho muito stressante voltar a todo o gás muito cedo, ainda por cima sendo um programa diário e em directo… Não é bom para mim, nem é bom para o bebé. Portanto, se ficar mais algum tempo em casa, será muito bom para nós. É um tempo que não volta e que passa num instante, pelo que quero aproveitá-lo.
Parece que fisicamente o bebé é muito parecido com o Luís…
Luís – É, tem pouco cabelo também! Tem um penteado muito giro, como o do Ruca… É óbvio que é giro reconhecermos as nossas características físicas, identificarmo-nos naquele pequeno ser dá-nos aquela ligação genética da responsabilidade da geração seguinte, da descendência, isso fica mais claro quando reconhecemos ali traços nossos. É muito engraçado.
Fátima – Ele está muito grande, ninguém diz que tem só três meses. Nasceu com 50cm e, neste momento, já tem 61cm. É grande mas elegante, não tem muitos refegos. É muito simpático, bem-disposto, quando acorda a meio da noite abre os olhos e ri-se imenso, é muito meiguinho. Tem as mãos e os pés muito grandes, a pediatra diz que ele vai ser muito alto.
A Beatriz tem ajudado? Tinha alguns receios das reacções da irmã…
Nas primeiras duas ou três semanas ela estranhou um pouco. Por mais preparada que ela estivesse psicologicamente, não deixa de haver uma invasão do espaço dela, uma mãe que passa a partilhar, e ela não estava habituada a isso. A teoria já estava explicada, mas faltava passar à prática. Ao início causava-lhe estranheza, andava um pouco exaltada, mais nervosa do que o habitual, e eu fiz como faço sempre com ela: sentei-me com ela, expliquei-lhe que também não era fácil para mim ter que me habituar à ausência de um bebé que passou nove meses na minha barriga e, ao mesmo tempo, ter de dar o meu melhor para o criar porque depende de mim para tudo, e que precisava da colaboração dela. Nas primeiras semanas após o nascimento do bebé ainda estamos alterados. Depois de muitas noites mal dormidas, o cansaço é muito e, por vezes, exaltava-me por coisas pequenas, excedia-me mas pedia-lhe desculpa. Como tenho esta humildade em relação a ela, a Beatriz depois retribuía e dizia que percebia que eu estivesse cansada por não dormir o suficiente.
Mas todo esse cansaço deve ser esquecido e compensado com o sorriso do bebé?
Claro! Tenho muitas noites mal dormidas, pois deixei de dormir um mês antes dele nascer, uma vez que não tinha posição para dormir. No primeiro mês as noites foram muito más, primeiro porque tinha os sonos trocados, depois foram as cólicas, e eu quase não dormia. No entanto, passava por isso tudo outra vez porque, para mim, não há nada na vida que me dê mais alegria do que ser mãe. O que mais me enche de felicidade é olhar para os meus filhos, é uma bênção vê-los crescer. Acontecem sempre imensas coisas nas nossas vidas pessoais e profissionais e estar com eles é uma âncora, dá-nos sempre imensa força para continuar. As noites mal dormidas, os medos, receios e irritações fazem parte do processo de criar um filho.
O Luís correspondeu às suas expectativas enquanto pai?
O Luís é um excelente pai e um excelente companheiro, porque divide tudo comigo: muda fraldas, põe o bebé a arrotar, sabe fazer tudo, o que é maravilhoso. E quando me vê muito cansada diz-me para ir descansar e ele fica a tomar conta do Filipe.
Luís – O amor que nos une a um filho faz com que nos adaptemos a ele de forma instintiva. Claro que há um momento ou outro de maior ansiedade, porque de facto um bebé é sempre um ser muito frágil, mas eu penso que qualquer pai se consegue adaptar. Não há pais melhores nem piores. Aprendemos com os nossos pais, e depois tentamos fazer sempre um bocadinho melhor para as gerações que vêm a seguir, e acho que é isso que estamos a tentar fazer.
Tem passeado muito com o Filipe?
Não tenho saído muito porque o tempo não tem estado muito estável e, como ele é muito pequenino, não há necessidade de o expor a condições meteorológicas agressivas. Quando o tempo está bom vou dar uma volta, embora ele nem abra os olhos. Acho que andar de carro funciona como um sedativo. Mas gosto imenso de passear com ele e vê-lo dormir serenamente… É verdade, estou do mais babado que há. Ele é mesmo uma doçura [emociona-se].
Tenciona aumentar mais a família?
Não está nos nossos planos. Não me importava nada de ter outro filho. Gosto imenso, não tenho medo por ter 40 anos, mas, para já, não está nos nossos planos. Agora queremos criar o Filipe bem, com saúde, tranquilidade e paz, depois logo se vê…
Parece ter recuperado rapidamente a sua forma física?
Já estou quase no meu peso antigo, e a minha médica já me disse que, assim que deixar de amamentar, volto ao meu peso anterior. Tenho feito massagens, drenagem linfáticas, exercícios de pilates e uma alimentação equilibrada para, aos poucos, e de forma equilibrada, recuperar as minhas medidas antigas, que ainda não tenho. No final da gravidez pesava 15kg e, até agora, já perdi 12kg.
Luís – No processo de gravidez e de amamentação há uma natural acumulação de tecido gordo, que faz parte da anatomia da mulher para dar resposta. Penso que aos poucos ela vai recuperar, até porque é muito disciplinada quer no exercício quer na alimentação.
Mudou de casa pouco antes do bebé nascer. Já decorou o quarto dele?
Fátima – Sim, decorei ainda antes dele nascer, mas ele agora ainda dorme no meu quarto. Vou mudá-lo para o quarto dele quando o pediatra disser que é o momento certo porque, com a Beatriz, como primeiro filho que é, cometi muitos erros, e dormiu no meu quarto até aos dois anos e meio. Mas estou muito piegas com os meus filhos, não sei… posso ter pena de o deixar tão pequenino no quarto dele.
Apesar de estarem numa fase de reorganização familiar, conseguem ter tempo para fazer programas a dois?
Evitamos ao máximo deixar o bebé. Os meus pais são uma ajuda preciosa, ficam com os netos quando for preciso. A primeira vez que saímos só os dois foi quando comemorámos quatro anos de casados e seis anos juntos. Passámos o jantar todo a falar e a suspirar pelo nosso filho, e voltámos a correr para casa para estar com ele.
E esta noite também estão ansiosos por voltar para casa?
Luís – Acho que quanto mais frágeis, indefesos e dependentes de nós estão, parece que mais saudades provocam. É óbvio que estamos sempre a pensar no bebé e que estamos cheios de saudades dele, mas isso é natural.