Fundador e porta-voz da APCL, Domingos Duarte Lima reuniu os seus amigos em mais um memorável concerto contra a leucemia, que, este ano, apoiado ainda pela iniciativa Solidários Até À Medula, juntou mais de 220 mil euros, que vão ser preciosos na ajuda aos doentes com leucemia.
Pelo palco do Pavilhão Atlântico, em Lisboa, passaram nomes grandes da música, como o maestro e tenor José Cura, os fadistas Mariza e Camané e os cantores Luís Represas e Rui Veloso.
Por todas estas razões, o anfitrião estava visivelmente satisfeito com o resultado desta quarta edição do concerto contra a leucemia: "Assistimos a uma resposta muito generosa dos portugueses. Trata-se de um sinal reconfortante, porque indica que a mensagem passou e que tocou o coração das pessoas. As melhores conquistas são as feitas com o coração e não com a cabeça. É, por isso, que temos cada vez mais dadores de medula óssea", afirmou Duarte Lima, acrescentando: "Desde que estes concertos começaram, há pelo menos mais cem pessoas vivas no mundo. E essa é a melhor dádiva que podemos ter."
A satisfação de Duarte Lima, que, recorde-se, também teve uma leucemia, da qual foi salvo por um irmão que era dador compatível, contagiou todos os presentes, a começar por Maria Cavaco Silva: "Foi uma noite de grande emoção. Eu e o meu marido temos marcado presença desde o primeiro concerto. Os resultados obtidos são realmente fantásticos e dão-nos uma grande esperança para o futuro. Todos não somos de mais. E nunca é de mais chamar a atenção!"
Confirmando estar inscrito no Registo Nacional de Dadores Benévolos de Medula Óssea, José Sócrates elogiou a "generosidade da causa": "Estou ganho para ela há já muito tempo, mas é preciso elogiar o trabalho da associação, que tem sido um sucesso e tem contribuído para salvar vidas."
Uma das vidas salvas foi a de Carlos Horta e Costa, hoje na administração da APCL: "No momento em que soube da doença, foi um choque violento, mas imediatamente meti na minha cabeça que ia ultrapassar a situação. E nem outra visão me passava no pensamento", recorda no seu testemunho, acrescentando ainda: "Sendo uma doença complicada e maldita, ela pode e tem de ser ultrapassada, pondo a nossa vontade, o nosso querer, a nossa fé, ao serviço da nossa determinação em vencer."
Como resumiu Catarina Furtado, que apresentou o espectáculo no Pavilhão Atlântico, "Estamos todos juntos para uma noite emotiva, bela e generosa. É o culminar de um grande dia"!