Em pequena fazia peças de teatro para a família, aos 16 anos já trabalhava como apresentadora. Aos 22,
Carolina Patrocínio é um dos rostos mais visíveis do entretenimento da SIC, com dois programas de destaque, o
TGV – Todos Gostam do Verão e o
Tá a Gravar. Desde que começou a namorar com
Gonçalo Uva, jogador de râguebi do Grupo Desportivo de Direito e da Selecção Nacional, há um ano, que a apresentadora tem visto a sua vida pessoal ser capa de inúmeras revistas. Foi sobre esta exposição, mas também sobre a sua infância e a relação que mantém com as irmãs –
Mariana, de 24 anos,
Inês, de 17,
Rita, de 14,
Mónika, de oito, e
Victória, de seis -, o pai,
Pedro Patrocínio, e a mãe,
Teresa Vieira de Almeida, que Carolina recebeu a CARAS na sua casa de família, no Algarve, onde passa férias desde criança.

– Cresceu numa casa maioritariamente composta por mulheres…
Carolina Patrocínio – É a única realidade. É uma vida bastante agitada e animada e sinto-me privilegiada dentro da minha família por ter tantas irmãs. Odiaria ser filha única, e acho que ter irmãos só traz vantagens, pois aprende-se a partilhar o espaço, a ser mais tolerante, a ter poder de encaixe em relação aos diferentes feitios…
– Como foi a sua infância?
– Foi a melhor possível, só tenho boas recordações, muitas delas aqui no Algarve, nas intermináveis férias de Verão, o que hoje em dia, infelizmente, já não acontece. Recordo-me de viver numa casa cheia, muito alegre, com muito convívio, onde todas as pessoas eram sempre bem-vindas.
– Sente que de alguma forma a sua vida foi diferente por ser filha de pais separados?
– Tenho uma relação muito especial com os meus pais, são muito amigos e estamos muitas vezes todos juntos. Mas acho que não implicou nada a nível de crescer mais depressa ou lidarmos com situações constrangedoras cedo de mais. Acho que sempre levámos a situação para o lado saudável.

– Saiu de casa há um ano, para viver com a sua irmã. Foi uma adaptação difícil?
– Os nossos pais sempre nos educaram com o lema ‘liberdade com responsabilidade’ e tanto eu como a Mariana sempre tivemos liberdade no nosso quotidiano. Agora, o que fez diferença foi o factor privacidade, pois viver numa casa cheia é bastante diferente de termos o nosso espaço e o nosso canto.
– Foi então uma mudança positiva. Sente que foi na altura certa?
– Não foi muito planeado, aproveitámos a oportunidade de irmos viver para uma casa que já era de família e que em tempos tinha pertencido aos meus pais. Não foi uma mudança assim tão grande, pois, apesar de termos saído de casa, estamos a 100m da casa da minha mãe e a 500m da do meu pai, estamos muito perto. Isso também nos faz sentirmo-nos protegidas.
– Parece estar numa fase pessoal e profissional muito boa…
– É verdade, tento nunca me sentir demasiado satisfeita, pois acho que é bom vivermos na insatisfação para querermos sempre melhorar, e nisso sou muito exigente, mas sinto que de facto tudo me tem corrido bem. Tenho dois programas em antena na SIC, em dois horários muito importantes para a estação, estou a acabar o meu mestrado na Católica, e a nível pessoal também corre tudo muito bem. [risos]

– Há um ano que namora com o Gonçalo e o facto de serem ambos caras conhecidas tem despertado o interesse da imprensa. Fica incomodada com isso?
– Muito. Dificilmente baixo a guarda, já sei as regras do jogo, o que inicialmente desconhecia. Sei com o que posso contar e sei o que não quero. Custa-me muito ver o meu nome na imprensa e, apesar de saber que a mediatização é uma consequência do meu trabalho, evito-a. Por isso tento manter a minha intimidade e a minha privacidade, seja no que diz respeito ao meu namorado, seja no que toca à minha família, longe da imprensa.
– Faz parte dos seus planos casar-se e ter filhos?
– Claro que sim, como acontece com quase todas as mulheres, gostaria que um dia isso acontecesse. Sempre foi algo muito presente na minha vida e gostaria de ter muitos filhos, mas não tantos como a minha mãe teve. [risos]
– É uma coisa a programar?
– Gosto de programar minimamente a minha vida, sendo que a profissão é cada vez mais inconstante, mas acho que conseguirei equilibrar as coisas.
– E quando é que se imagina a concretizar esse desejo?
– Gostaria de ser mãe cedo, antes dos 30, mas ainda falta algum tempo. [risos] Como quero ter muitos filhos, parece-me melhor começar cedo… [risos]
– Uma revista publicou que a Carolina e o Gonçalo já tinham planos concretos de casamento. É verdade?
– Não, não há qualquer tipo de planos para nos casarmos, nem nunca dei qualquer indício de que isso pudesse acontecer. É pura especulação e aproveitamento de um momento muito bom que estou a viver.

– Também se disse que o Gonçalo abandonou a carreira em França para passarem mais tempo juntos…
– Tudo o que saiu acerca da carreira do Gonçalo são meras especulações que deveriam ser tratadas directamente com ele. O que posso dizer é que se tratou apenas do término do contrato com a equipa. O facto dele ter vindo para Portugal não teve rigorosamente nada que ver com a nossa relação.
– Agora que o Gonçalo vai estar cá definitivamente, põem a hipótese de viverem juntos?
– Não gosto de falar sobre isso, mas o que posso dizer é que acho pouco provável que assim seja. Quero manter a minha vida como tem sido até aqui.
– Como se imagina daqui a dez anos?
– Se possível, ainda a fazer televisão, com projectos de solidariedade, casada e com filhos. [risos]
– Que fase da vida é esta que vive actualmente?
– Não gosto de dizer tranquila, pois tenho uma vida bastante agitada e pretendo que se mantenha, mas a vida sabe-me bem. Costumo dizer que a vida me tem realmente proporcionado muitas coisas boas. Esta é uma fase muito boa em que tudo me corre em pleno tanto a nível pessoal como profissional.