Júlio Magalhães
Joaquim Norte de Sousa
Horas depois da direcção de informação da TVI se ter demitido, em resposta à decisão da administração da Media Capital de cancelar o
Jornal Nacional de hoje (sexta-feira) apresentado por
Manuela Moura Guedes, a CARAS encontrou
Júlio Magalhães que demonstrou desalento perante tudo o que está a acontecer. "
Estou muito desiludido. Não faz sentido uma televisão com as condições e provas dadas da TVI estar a ser sujeita a tanta instabilidade que traz problemas a toda a gente e cria uma grande indefinição em relação ao futuro", contou em Vila Nova de Famalicão na inauguração da loja
Squadra.
Apesar dos 300 quilómetros que separa a redacção que dirige da de Lisboa, o jornalista e director da TVI Porto adianta que a sua equipa está atenta ao que acontece na redacção-mãe: "
Claro que estamos preocupados, mas tal como é habitual, nós nunca somos consultados para nada, está tudo a passar-se em Lisboa. No Porto continua tudo igual, mas antevemos momentos difíceis".
Um dia antes do
Jornal Nacional voltar para o ar, depois das férias e da saída de
José Eduardo Moniz, as demissões de
João Maia Abreu, Mário Moura e Manuela Moura Guedes chocaram, mas não surpreenderam. "
As coisas estão extremadas há muito tempo e já não havia bom senso das duas partes. Só não percebo como é que se toma uma decisão destas nas vésperas de um jornal e com as eleições à porta", explica Júlio Magalhães que, conclui: "
A culpa é de toda a gente, houve muita falta de bom senso e muitos exageros".
Quem não tem dúvidas da existência de influências políticas nesta decisão é José Eduardo Moniz, marido de Manuela Moura Guedes e actual vice-presidente da
Ongoing.
