Conheceram-se em Paris, depois de se terem cruzado em Florianópolis, e hoje vivem juntos em Lousada. A história de amor de
Paulo Teixeira, de 31 anos, e
Larissa Schmidt, de 18, que poderia ter saído de um conto de fadas, é fruto daquele tipo de coincidências que por vezes nos levam longe e das quais só mais tarde percebemos o significado. A jovem manequim brasileira, que aos 16 anos partiu sozinha para Paris à procura de um sonho, encontrou no empresário nortenho a maturidade, apoio e segurança que procurava. E hoje fala dele como se de um príncipe encantado se tratasse, embora não lhe tenha tornado fácil a tarefa da conquista.
Paulo, que é dono de uma das maiores marcas de roupa do Norte, a W52 – empresa familiar criada no início dos anos 80 -, e é também um apaixonado por velocidade, começou por convidar Larissa para fazer um catálogo de moda e, aos poucos, conseguiu conquistá-la.
Larissa Schimdt, que tem no seu currículo trabalhos para a Dior, Lanvin, Louis Vuitton e Jean Paul Gaultier, vive hoje dividida entre o Brasil, onde tem a família, França, onde mais trabalha, agenciada pela conceituada Ford Models, e Portugal, onde está o namorado e é representada pela Best Models. E foi no apartamento deste, em Lousada, que os dois jovens – que, para além do amor, têm também a uni-los uma forte ligação à moda – nos contaram como aconteceu este encontro de almas gémeas e nos falaram dos seus primeiros nove meses de namoro.
– É verdade que se conheceram no Metro de Paris?
Paulo Teixeira – Na verdade, a primeira vez que nos vimos foi em Florianópolis, no Brasil. Depois, começámos a falar na internet, até que eu fui ter com a Larissa a Paris e marcámos encontro no Metro. No fim-de-semana seguinte voltei lá e convidei-a para fotografar para a minha marca. A sessão fotográfica coincidiu com o Dia dos Namorados, e fomos jantar. Fizemos um programa igual ao dos namorados, mas sem o sermos. Sempre que podia, ia a Paris, e, à medida que nos fomos conhecendo, apaixonámo-nos. Desde então, temos estado divididos entre o Porto e Paris. Entretanto, ela teve de ir ao Brasil e eu cheguei a fazer loucuras de ir lá passar o fim-de-semana só para estar com ela.
– E foi fácil conquistar a Larissa?
– Não foi nada fácil. Deu-me luta, mas as viagens a Paris e as horas ao telefone e na internet ajudaram a que ela percebesse as minhas intenções. Na viagem ao Brasil, conheci a família dela. E a minha família também gosta muito dela. A Larissa é muito adulta e vive para a profissão dela. Não foi fácil entrar no mundo em que ela vivia, porque estava muito fechada.
Larissa Schmidt – Fui muito nova para Paris e acabei por ganhar algumas defesas. Mas sou muito feliz com o Paulo. Ele é inteligente e muito trabalhador. Confia em mim, e isso é muito importante na minha profissão. É com ele que quero ficar e estou segura que vamos ficar juntos. Hoje temos uma relação séria.
– A vossa diferença de idades alguma vez foi um obstáculo?
Paulo – Tenho mais experiência de vida que ela, e só aí se nota a nossa diferença de idades. Tento-lhe passar o meu conhecimento e ser o seu suporte em tudo o que posso. A Larissa é lutadora, humilde, calma e dedicada. É uma novidade na minha vida ter alguém que se dedica a mim a cem por cento, e estou a adorar.
Larissa – O facto do Paulo ser mais velho que eu é irrelevante. Tornei-me independente há dois anos e acho que amadureci rapidamente. Temos uma relação normal e fazemos tudo para podermos estar juntos.
– Estão preparados para lidar com a distância?
Paulo – A confiança é o nosso trunfo. Se não podemos estar todos os dias juntos, pelo menos estamos ao fim-de-semana. Gosto de acompanhar a carreira da Larissa e quero que ela triunfe. Sou o primeiro a dizer para ela sair de Portugal e apostar em Paris, Nova Iorque ou Milão, que são os centros da moda no mundo.
Larissa – O Paulo sabe que neste momento a minha carreira é a minha prioridade e apoia-me em tudo. Estamos muito felizes.