Em Setembro de 2004,
Evelina Pereira largou tudo e voou para os Estados Unidos em busca de um sonho de infância: ser actriz. E nem o sucesso da sua carreira de modelo a demoveu de abandonar um mundo que lhe trazia segurança financeira. Cinco anos depois, o sonho começa a concretizar-se, e Evelina regressou a Portugal para fazer o papel de uma vampira de 200 anos, na série
Destino Imortal, da TVI. Na vida real, a agressividade da vampira é substituída pela simpatia de uma mulher do Norte, orgulhosa das suas raízes, mas que assume que este não é um regresso definitivo.
– Como tem sido viver o ‘sonho americano’?
Evelina Pereira – Tem sido uma experiência muito enriquecedora, tenho aprendido e crescido bastante com as diferentes experiências pelas quais tenho passado. A cultura americana tem vários aspectos dos quais não sou fã, mas também oferece oportunidades e realidades muito interessantes.
– Adaptou-se facilmente à vida nos Estados Unidos?
– Sim, com alguns obstáculos no início, como a obtenção da autorização para trabalhar e viver lá, a dificuldade em abrir uma simples conta bancária e outras coisas que aqui na Europa damos por adquiridas, mas que, no fundo, me incentivaram a ser mais criativa para arranjar soluções e a dar mais valor ao que ia conseguindo alcançar.
– Como é a sua vida em Los Angeles?
– O meu tempo é repartido entre aulas, trabalho,
castings, audições, a praticar desportos, a assistir a espectáculos, praia e, sempre que tenho oportunidade, a viajar com os meus amigos e a conhecer outros locais daquele imenso continente.
– Chegou a estudar e a fazer da música profissão, mas acabou por dar prioridade à moda…
– Embora seja também uma das minhas paixões, a música foi mais um projecto fruto da minha carreira como modelo, uma experiência com a qual também aprendi bastante, mas muito diferente da moda, à qual me dediquei profissionalmente a cem por cento.
– Entretanto, veio a representação…
– A representação é realmente a minha grande paixão, daí a minha decisão de "abandonar" tudo para seguir o meu sonho. Foi muito importante para mim ter estado estes anos fora de Portugal, longe do que me era tão confortável e da máquina profissional em que estava inserida. Com calma e sem pressões, pude passar por experiências e processos que seriam impossíveis se cá estivesse, e perceber aquilo que quero fazer para o resto da minha vida, que é representar.
–
Destino Imortal é a sua estreia em televisão. Está a gostar da experiência?
– Assim que li a descrição da minha personagem, fiquei logo superentusiasmada, e depois de ler o primeiro episódio e saber os actores fantásticos com quem iria contracenar, não me restaram dúvidas de que este iria ser um projecto muito especial. Tem sido uma experiência incrível, não só como actriz, mas a nível pessoal, pelas pessoas maravilhosas que estão envolvidas.
– Já teve convites para trabalhar como actriz nos EUA?
– Sim, fiz várias peças de teatro e alguns filmes, um dos quais vai estrear em Portugal este ano,
Backlight.
– Pôs mesmo um ponto final na carreira de modelo?
– A não ser que seja um projecto muito especial, quero dedicar-me somente à representação.
– Entretanto, no Verão, foi-lhe atribuído um romance com Pedro Bianchi Prata, mas na altura acabou por confirmar que namora, sim, mas com alguém de fora de Portugal… Como está a sua relação?
– A minha relação com o Pedro está fantástica, somos amigos há mais de dez anos e divertimo-nos imenso com esses boatos. Quanto ao resto, devo estar a sofrer de amnésia, porque não me lembro de ter confirmado isso. [risos]
– O seu namorado também é actor? Vivem juntos em LA?
– Qual namorado? [risos]
– Também disse recentemente que estavam reunidas as condições para formar família…
– Sim, faz parte dos meus planos não propriamente o casamento tradicional, mas uma celebração mais "livre" e menos convencional, com a família e amigos, quando chegar a altura certa.
– Tem alguma coisa que ver com os seus 31 anos?
– A idade não é um factor de decisão para me casar ou ter filhos. Será por sentir que o momento é o ideal e não por pressões sociais.
– É fácil manter uma relação quando a sua vida se divide entre dois países tão distantes?
– Quando há amor, liberdade, compreensão e comunicação, todas as relações são fáceis de manter.
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