Quando se conheceram,
Isabel Angelino, de 43 anos, e
Ângelo Rebelo, de 56, perceberam rapidamente que a vida só faria sentido se a partilhassem e, cinco meses depois de começarem a namorar, casaram-se. Um ano depois, continuam com as mesmas certezas, o mesmo amor e a mesma paixão. Com esta união, a apresentadora, que é filha única, viu a família aumentar, pois o cirurgião plástico tem três filhos de anteriores relações:
Hugo, de 34 anos,
André, de 33, e
Rita, de 17, e um neto,
Francisco, de um ano e nove meses, filho de Hugo.
Dias antes do primeiro aniversário do casamento – celebrado a 20 de Fevereiro – ,
Isabel e Ângelo abriram as portas de sua casa à CARAS e contaram como foi este primeiro ano a dois.
– Qual o balanço deste primeiro ano?
Ângelo Rebelo – Tem sido intenso e muito bem vivido, parece que já estamos casados há muitos anos.
Isabel Angelino – Temos partilhado tudo, o trabalho, as viagens, as preocupações… E acho que isso é muito importante, é o segredo para que o casamento continue com a tal chama, o que nos torna cada vez mais cúmplices.
– São um casal com muitos gostos em comum…
– Para além da química inicial, depois descobrimos que há muitas coisas que nos unem, tanto na forma de ser, estar e encarar a vida, como nas aventuras das viagens, por exemplo, pois ambos gostamos de partir à descoberta. E até aí há uma grande vontade de partilha, pois também visitamos locais que já conhecíamos individualmente, e o facto de o fazermos juntos tem outro sabor, os sítios revelam-se completamente diferentes.
– É ‘saboroso’ quando o amor ainda consegue surpreender?
– Não é só o amor, é a vida que ainda nos consegue surpreender todos os dias. O meu amor todos os dias me surpreende e eu a ele, e é esse desafio constante que torna tudo mais aliciante e verdadeiro. Agradeço todos os dias por poder desfrutar da vida como temos feito até aqui.
– Alguma vez pensou que era possível ter uma relação assim?
– Todos nós temos este ideal de relação, de encontrarmos a alma gémea, a pessoa com quem partilhar tudo, mas é difícil acreditar que seja possível, pois também temos maus exemplos à nossa volta. Mas quando se vivem histórias como a nossa, percebe-se que a felicidade realmente existe.
– São muito atentos às necessidades um do outro?
– Quando se ama, é muito bom cuidar da outra pessoa, mas também é maravilhoso ter quem cuide de nós. E o Ângelo cuida de mim. E tem outra coisa muito boa, que é o facto de nunca ter perdido o romantismo. Antes de nos casarmos, todos os dias me enviava uma mensagem depois de sair de casa. E continua a fazê-lo. Esses pequenos grandes gestos nunca se devem perder se se quer alimentar a relação. Temos um trabalho muito intenso, mas também desfrutamos ao máximo do tempo que temos para estar juntos. O que quer que seja que façamos, nem que seja uma ida ao cinema, é muito saboroso.
Ângelo – O importante numa relação é haver naturalidade e nunca obrigatoriedade.
– E são eses ‘pequenos’ cuidados que têm um com o outro que fazem com que o amor perdure?
– Um dos segredos da longevidade do amor é a preocupação com o bem-estar do outro.
– Sempre pensaram assim, ou isso tem por detrás outras vivências e maturidade?
Isabel – Todos nós somos o reflexo das experiências vividas. É claro que com o passar dos anos não se ganham só rugas… [risos] Esta é uma relação mais madura, mais consciente, sem pressas nem ansiedades, mas sim saboreando as coisas no momento certo. É tudo vivido com uma maior calma e serenidade.
Ângelo – A maturidade também traz condescendência, que é muito importante na vida a dois. Provavelmente, o que há vinte anos me faria ferver em pouca água, hoje em dia já não acontece, já acho que há coisas que não valem a pena. Se amo a Isabel como amo, não vale a pena pegar em coisas supérfluas e fazer uma batalha.
– O que julgam ser fundamental numa relação?
Isabel – A amizade, sermos muito amigos um do outro, mas também respeitarmo-nos muito. E acho que a admiração também é fundamental.
– Conseguem deixar os problemas profissionais à porta de casa?
Ângelo – Tentamos, mas também há necessidade de falar sobre eles, há sempre uma situação ou outra que gostamos de partilhar.
– Sei que a Isabel é uma óptima dona de casa…
Isabel – É verdade. Gosto muito de cuidar da casa, de decorar, de sentir a harmonia no espaço. Este é o nosso refúgio, e todos os objectos que aqui estão nos dizem muito, são recordações de viagens, coisas que comprámos juntos ou que oferecemos um ao outro, tudo tem uma história. E gosto muito de chegar ao fim do dia, fazer o jantar, sentarmo-nos à mesa e partilharmos a refeição a dois, sempre à luz das velas. Esse momento é muito importante para nós e assim que entramos em casa sentimos uma paz de espírito imensa.
– Com o casamento a Isabel ganhou uma família nova e até já é avó…
– É verdade! Veio tudo no mesmo pacote e, sem ser mãe, já sou avó! [risos] Aumentei a família de uma forma galopante.
– Esta ‘família alargada’ deve ter um sabor especial para si, principalmente por ser filha única…
– Há muito mais animação! Em miúda, apesar de dizer que não queria irmãos, quando via filmes com as famílias reunidas à mesa, imaginava como devia ser giro. E hoje em dia isso acontece quando reunimos a família toda.
Ângelo – Gostamos de fazer almoços e jantares de família com regularidade e também vêm os pais da Isabel. Não é uma família muito numerosa, mas já enchemos umas mesas! [risos]
– Foi bem recebida por todos…
Isabel – Sim, mas também recebi bem, [risos] e isso é importante.
Ângelo – Houve logo uma empatia. Também tenho de dizer que tenho uma convivência regular com os meus três filhos e que falamos praticamente todos os dias, mas, digamos assim, nem eles são lapas, nem nós! [risos] Ninguém interfere na vida de ninguém. Eles adoram a Isabel, o pequenino também. E a Isabel gosta de lhe dar prendinhas, ainda agora trouxe-lhe uns pijaminhas e umas babushkas de Marrocos…
– O facto de já terem um bebé na família não faz com que possam adiar a construção de uma família vossa?
Isabel – Não vejo isso dessa forma, não é nada premeditado. Nesta altura estamos muito empenhados em viver a dois e em desfrutar desta relação, mas se um dia surgir um terceiro elemento, será bem-vindo.
Ângelo – Os nossos projectos a longo prazo são o amanhã, desejando sempre que tenhamos muitos amanhãs. E tal como não programamos nada, não dizemos que sim nem que não a um filho.
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