Prestes a cumprir o primeiro aniversário de casamento, apesar de estarem juntos há 12 anos,
Luís Esparteiro e
Vanda Correia, de 51 e 39 anos de idade, fazem um balanço muito positivo da relação que mantêm. Juntos têm dois filhos,
Teresa e
Luís, de oito e quatro anos, tendo o actor ainda dois filhos do primeiro casamento,
Guilherme e
Constança, de 21 e 18. Uma família numerosa de que se orgulham e para a qual dizem arranjar sempre tempo. A CARAS constatou a felicidade dos dois numas miniférias em Andorra, onde participaram na 10.ª edição da Seat Snow Cup.
– São adeptos de desportos de Inverno?
Luís Esparteiro – Pratico desportos de Inverno desde os meus trinta anos, comecei tarde, mas adoro. A Vanda começou há dez anos, mais ou menos, e veio três ou quatro vezes. É uma pessoa muito cuidadosa, pelo que enquanto não tiver uma pista aberta só para ela, não faz esqui.
Vanda Correia – É verdade que tenho muito medo. Tenho que aprender a controlar isso. Desta vez, até correu muito bem.
– Este é o género de férias que mais vos agrada?
Luís – Não sou muito apologista de férias compridas. E sempre gostei de férias com actividade, não gosto muito de estar parado. Pelo que, embora não tenha feito isto muitas vezes na vida, porque nunca foi uma tradição na família, é sempre bom vir para a neve.
Vanda – Apesar de gostar muito mais do sol, de praia e do Verão, acho que este ambiente de montanha, de neve, é muito engraçado, talvez porque não o temos tanto em Portugal.
– E é um ambiente que apela muito ao romance…
– Pois é. E, sobretudo, é sempre bom termos alguns dias de férias sozinhos, sem as crianças, sem horários, sem preocupações.
Luís – Existem várias viagens óptimas para namorar. Agora nós precisamos um bocadinho disto, deste tempo para nós enquanto casal. De nos descartarmos um pouco da vida normal e termos um momento mais nosso.
– Mas fica sempre aquela preocupação com os filhos…
– Fica. Mas sei que as crianças ficam muito bem entregues, com os meus sogros, e não me preocupo.
Vanda – Eu falo com eles todos os dias, mais do que uma vez. [risos] Fico com o coração apertado, mas consigo abstrair-me um pouco disso e desfrutar.
– Trabalham num meio desgastante a vários níveis. Sentem que isso pode ser prejudicial ou reflectir-se na relação?
Luís – No fundo, trabalhamos no mesmo meio, eu sou actor e a Vanda é agente de actores. Entendemo-nos muito bem a todos os níveis e não precisamos nunca de nos justificar um ao outro, o que ajuda muito na relação.
Vanda – Conhecemo-nos muito bem profissionalmente, o que torna tudo muito fácil.
– Viver com um actor ajuda-a a perceber melhor o seu trabalho?
– Sim. Antes de fazer este trabalho, já estava com o Luís, o que tornou tudo muito mais fácil. Sobretudo para perceber a forma como eles funcionam em relação ao trabalho, que é muito específica. Sim, ajuda muito ser casada com um actor.
– E como é ser agente do seu próprio marido? Conseguem separar as coisas?
Luís – Eu tive primeiro a mulher e depois a agente, por isso foi mais fácil. [risos] A Vanda é uma excelente profissional, representa dez actores, e eu nunca me senti preferido ou preterido em relação aos outros. E só tem que ser assim. Claro que passo mais tempo com ela que os outros actores. [risos]
Vanda – Separamos tudo muito bem. Acho que consigo gerir tudo de uma forma isenta, não beneficiando o Luís.
– Na vossa vida privada, deve ser difícil não falar de trabalho…
Luís – Nós temos uma grande empatia enquanto casal e criámos muitas cumplicidades. A nossa relação tem uma base muito sólida, porque acho que as relações baseadas em sentimentos mais voláteis, como a paixão, não têm bases sólidas. Baseamo-nos numa amizade e compreensão muito grandes e, acima de tudo, numa confiança absoluta.
Vanda – Somos muito diferentes, temos feitios opostos e às vezes não nos entendemos mesmo, mas gostamos mesmo muito um do outro.
– Como tem sido gerir o vosso tempo, ou a falta dele, com a família?
Luís – Tenho tido a sorte de conseguir estar muito presente na vida dos filhos que tive com a Vanda. Não tive essa sorte com os meus filhos mais velhos. De resto, tudo acaba por correr naturalmente na nossa família.
– Tem uma carreira de 28 anos. Muita coisa mudou desde então…
– As coisas mudam de seis em seis meses… Sinto sempre essas mudanças, mas tento manter-me actualizado e não olho muito para o passado. E procuro sempre ter objectivos realizáveis a curto prazo.
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