A maternidade é, inquestionavelmente, uma experiência transformadora. Para
Sofia Duarte Silva, de 32 anos, ter sido mãe de
Leonardo, há dois anos, foi verdadeiramente um acontecimento que impôs ‘um antes e um depois’ na sua vida. E não foram apenas as rotinas do seu dia-a-dia que mudaram. A maneira como vê o mundo e a sua personalidade alteraram-se, e hoje Sofia acredita ser uma pessoa
"muito melhor". Mais optimista e compreensiva, a actriz não viveu com tristeza o fim do seu namoro com
Nuno Monte, pai de Leonardo e com quem mantém uma relação muito próxima. Solteira novamente e a preparar o espectáculo
Onof, Sofia não está à espera do príncipe encantado e sente-se plenamente realizada com esta fase mais tranquila que atravessa.
– Acredito que a sua vida tenha mudado radicalmente desde que foi mãe…
Sofia Duarte Silva – Acho que a vida fica diferente, não é uma questão de mudança. Com o Leonardo é tudo bom. As maiores mudanças têm que ver com o ter de o deixar com outras pessoas, estar constantemente preocupada com ele… Isso causa-me muito transtorno. É um sacrifício ter de sair de ao pé dele.
– É muito mãe-galinha?
– Sou muito, extremamente. Não é uma questão de dependência. Este é o amor da minha vida, mas existe um processo de adaptação. Neste momento, mais do que dependente dele, não me consigo imaginar sem ele. O que costumo dizer é que o Leonardo sempre existiu na minha vida, mas por acaso só nasceu no dia 4 de Março de 2008.
– E não sente que, de alguma maneira, perdeu um bocadinho a sua individualidade?
– Não. Acho que a encontrei. O Leonardo faz de mim uma pessoa muito melhor. Sou muito mais paciente do que antes. Era muito imediata nas minhas reacções. Com ele, adquiri uma tranquilidade que não tinha. Quero ser o melhor exemplo possível para o meu filho. A educação é uma coisa complicada, mas muito bonita. E dá-me imenso prazer ficar em casa com ele, a brincar, a fazer jogos… E acho que nunca teria esta paz de espírito sem ele. Acho que nasci de novo com o Leonardo.
– E como é o Leonardo enquanto bebé?
– É fantástico. É um grande palhacinho. É superartístico. Adora música e não gosta de televisão. Agora está na fase de compreender quais são os seus limites, até onde os pais o deixam ir, e é uma fase complicada, mas quando eu digo ‘não’, ele não força. Não é uma criança birrenta, nem teimosa.
– As pessoas conhecem muito pouco da Sofia fora dos palcos ou da televisão…
– Que bom! [risos]
– Mas como é a Sofia de todos os dias?
– Essa é uma pergunta difícil… Sou uma pessoa muito simples. O que me define melhor é o sentido de família que tenho. Sem essa minha base não sou ninguém. O meu suporte é a minha família, Milfontes, o sítio onde cresci, e os meus amigos, que fazem de mim uma pessoa completa.
– Sendo uma pessoa com um sentido de família tão grande, como é que lidou com o fim da sua relação com Nuno Monte, o pai do seu filho?
– Lidámos muito bem. Somos bastante unidos e continuamos muito amigos. Não houve qualquer tipo de problema, nem da parte dele nem da minha.
–
Acredito que o Leonardo tenha tido muita influência na maneira serena como resolveram as coisas…
– Sim, também. Eu e o Nuno sempre quisemos o melhor um para o outro. E foi um processo muito natural. A nossa relação continua a ser muito bonita. Sempre disse isto e acredito que vou continuar a dizer que não me enganei e que o Nuno é o melhor pai do mundo. A seguir ao meu. [risos]
– Mas não ficou triste?
– Não. Houve uma mudança, mas foi apenas isso. Tinha que acontecer, e aceitámos bem.
– Separaram-se pouco tempo depois do Leonardo nascer…
– Sim, mas não teve nada que ver com isso, muito pelo contrário. O Leonardo é o nosso melhor projecto. Falar da minha separação não tem nada de dramático. O Nuno é uma pessoa extremamente inteligente e é um ser humano muito bom, que gosta muito de dar. E foi tudo muito bonito.
– O facto de se ter separado acentuou a responsabilidade que sente enquanto mãe?
– Não. Estamos os dois a partilhar o mesmo projecto. Não me sinto menos acompanhada.
– Mas com tanta dedicação ao Leonardo, há espaço para uma nova pessoa na sua vida?
– Ui, não faço ideia! Nem sequer penso nisso. Estou tão bem assim, tão tranquila nesta minha fase… Isso nem sequer é importante para o meu bem-estar. Não faço ideia se há espaço para uma nova pessoa, porque nunca pensei nessa questão. Se por acaso surgir, pensarei nisso na altura. Mas como disse, não penso por antecipação. Na verdade, não faz sentido responder a isso, porque isso não existe na minha cabeça.
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