Depois de ter sido a revelação de
Exterminador Implacável: Salvação e de ter sido escolhido por
James Cameron para
Avatar, este australiano, de 33 anos, é agora o semideus Perseu em
Confronto de Titãs, um dos grandes êxitos de cinema desta Primavera. Em Surrey, Inglaterra, a CARAS conversou em exclusivo para Portugal com
Sam Worthington, a nova grande estrela de Hollywood, que, apesar de todo o sucesso alcançado, garante que só quer uma vida normal.
– Como se sente por ter sido escolhido para dois dos maiores êxitos de bilheteira de Hollywood?
– Sinto-me um sortudo sem vergonha, para ser honesto. Para um actor, estar empregado já é uma sorte imensa, quanto mais em filmes desta dimensão! Tenho muito prazer com isto que me está a acontecer. É um privilégio compor estas personagens tão diferentes entre si, que nos transportam para outros mundos
.
– Curiosamente, na Austrália fazia papéis mais suaves…
– Antes de mais, penso que é um erro chamar filmes de acção aos que tenho feito. Não sou o novo
Van Damme, pois não? Pessoalmente, não vejo grande diferença entre o cinema de pequena escala que fazia e estes êxitos de bilheteira. O que muda é a dimensão dos cenários e os efeitos visuais.
– Como é ter tantos holofotes virados para si? É o actor de quem se fala em Hollywood…
– Há sempre um pobre coitado nessas circunstâncias. [risos] Mas eu não sou a nova esperança. Sabe porquê? Porque já tenho 33 anos. Só se for a nova esperança enrugada. Dizem que sou o homem mais
sexy do mundo… Deviam ver-me de manhã! Assustavam-se logo… As pessoas andam sempre à procura do próximo ídolo, não há nada a fazer. Só quero é continuar a trabalhar.
– Mas sente-se uma pressão extra quando se trabalha em projectos de orçamentos elevados?
– Não se sente nenhuma pressão. Quanto mais cara é a produção, menos responsabilidade cai sob os actores. Limito-me a aparecer e tentar que tudo corra pelo melhor. É por isso que digo que não noto diferenças entre
Confronto de Titãs e aqueles filmes baratos que fazia na Austrália. Quando um actor se sente pressionado, é sinal de que os produtores não estão a trabalhar bem.
– Ficou surpreendido com
Avatar?
– Fiquei siderado. Quando estava nas filmagens, nunca imaginei que o resultado seria aquele, e isso é que torna o cinema divertido…
– O que o surpreendeu mais em Hollywood?
– Percebi que os actores são todos umas bestas preguiçosas! Ninguém sabe de onde vem o realizador ou coisas assim. E isso faz parte do trabalho. Eu, no meu caso, quero sempre saber tudo. O que eu gosto é de trabalhar com cineastas que querem provar o seu valor. Por exemplo,
James Cameron é o cineasta que mais aprecia a partilha de ideias. Não é nenhum ditador.
– Como está a reagir à fama?
– Reparo que me dão camarins melhores… Não estou nesta indústria para ficar famoso. Para ser famoso o melhor é concorrer ao
Big Brother ou ao
Ídolos. Limito-me a fazer o meu trabalho.

– Mas tem noção de que a fama não se controla?
– Sim, mas controlo o meu trabalho. Respeito imenso quem tem coragem para me pedir um autógrafo. Eu aprecio isso e nunca deixo ninguém pendurado. Os actores que recusam dar autógrafos são uns malcriados de todo o tamanho!
– Os
paparazzi assustam-no?
– Depende… Ninguém chateia o
Matt Damon, que até vai aos estádios ver jogos de basebol. Há certas estrelas de cinema que têm comportamentos que estão realmente a pedir sarilhos com os
paparazzi.
– O que é que a sua namorada (Natalie Mark) pensa da sua ascensão?
– Diz-me que já percebeu que consigo fazer coisas para rapazes e pergunta-me quando é que faço uma comédia romântica.
– Estudou na mesma escola de actores que Mel Gibson e Cate Blanchett…
– Disseram-me que não valia nada… Enganaram-se, agora sou o tal ‘rapaz dourado’!
– Já foi comparado a Russell Crowe e a Dennis Quaid…
– A imprensa tem sempre tendência para fazer comparações. Digo sempre que o Russell é o meu herói. Se conseguir fazer um terço do que ele já fez, morrerei feliz. Infelizmente, quando me comparam com essas pessoas, não é em função do meu talento, apenas tem que ver com semelhanças físicas. Ao menos fico contente por não me compararem com gente feia.
– Ainda tem receio que lhe falte o trabalho?
– Qualquer actor teme o desemprego. Queremos sempre saber quando é que vai ser o próximo trabalho.
– Como é que recarrega as baterias?
– Vivendo uma vida normal. Quando acaba um dia de trabalho, vou para casa, bebo a minha cervejinha e tomo um duche.
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