Frederico Gil fez história no Estoril Open. Foi o primeiro português a jogar numa final do torneio e, apesar de ter perdido contra o espanhol
Alberto Montañes, o tenista manteve sempre a sua boa-disposição, distribuindo autógrafos e sorrisos pelos fãs que lotaram as bancadas do Centralito e o aplaudiram durante as duas horas e meia que durou o jogo.
"Chegar à final foi a concretização de um sonho. Acreditei sempre que poderia ganhar, foi pena não ter conseguido manter os resultados, mas acho que estou de parabéns. Esta foi a minha primeira final, estava algo nervoso e ansioso… Foi difícil gerir todas essas emoções, mas, mesmo assim, consegui superar todas as adversidades. Tudo isto vai ajudar-me a jogar a outro nível e com certeza que, se continuar a jogar, vou melhorar bastante e os resultados acabam por aparecer", afirmou Frederico Gil durante a conferência de imprensa para a qual fez questão de levar a taça que acabara de receber, justificando este acto inédito:
"Representa muito para mim."
João Lagos, um dos mentores e organizadores deste evento, estava satisfeito com o sucesso de mais uma edição do Estoril Open, sobretudo por ter contado com um português na final.
"Estamos aqui desde 1990, anual e ininterruptamente. Esta edição foi mais um sucesso, a todos os níveis: desportiva e socialmente. É um dos grandes momentos do desporto anual e do ténis. Há várias dezenas de anos que trabalho nesta modalidade, fui jogador e ter um português na final fez com que hoje tenha sido o momento mais alto de sempre. Foi um jogo fantástico, o Gil esteve muito perto da vitória e, com certeza, estará bastante motivado para continuar a trabalhar."
Entre as dezenas de convidados que passaram pela tenda VIP e pelos
courts de ténis ao longo de uma semana, houve uma pessoa cuja ausência foi notada mas, no dia da final, lá estava
Marcelo Rebelo de Sousa, sempre atento ao que se passava nos campos de terra batida.
"Passei a semana fora de Lisboa e hoje vim por milagre, pois consegui desmarcar um compromisso. Caso contrário, teria sido a primeira edição do Estoril Open, em 21 anos, a que não vinha", explicou o comentador político que, acompanhado pelos dois filhos,
Sofia e
Nuno
, vibrou com a presença de um português na final do torneio:
"Eu estava no grupo de três pessoas que sonhou com o Estoril Open e, na ocasião, tínhamos dois sonhos: colocar este torneio no mapa do ténis mundial e colocar o ténis português no mesmo mapa. Isso está a acontecer, historicamente, agora. Espero que tenha consequências e que os nossos jogadores tenham outros meios para fazerem carreira internacional."
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