Fotos: Cristiana Rodrigues, António Bernardo, João Lima e Nuno Miguel Sousa
Eram 17h56 quando
Bento XVI, vindo da Nunciatura Apostólica, onde ficou hospedado de 11 para 12 de Maio, chegou de papamóvel ao Terreiro do Paço. Já cerca de 200 mil pessoas, espalhadas pela Praça do Comércio e ruas envolventes, o esperavam para ouvir as suas palavras. Aplausos acompanhados de
"Viva o Papa" fizeram eco na cidade. Ao mesmo tempo, um coro de 300 vozes, associado a cerca de uma centena de instrumentos de várias orquestras, recebeu Bento XVI. Seguiu-se a eucaristia. O Papa celebrou a missa, em português e em latim, num altar azul e branco instalado no Cais das Colunas, da autoria de
Jorge Assis, inspirado num pequeno seixo rolado do Tejo. Atrás da estrututa oval, ao largo do rio, várias embarcações, como o
Creoula, serviram de pano de fundo. Mais além, na outra margem, avistava-se o Santuário do Cristo-Rei, para onde o Papa se virou depois da Comunhão para dirigir uma palavra dedicada aos 50 anos do monumento:
"É um sinal de amor e gratidão pela preservação da paz em Portugal."Uma cerimónia da qual fizeram parte outros momentos emotivos, nomeadamente aqueles em que Bento XVI foi surpreendido por várias ofertas. O cardeal D.
José Policarpo surpreendeu o Papa com um relicário de S. Vicente, da autoria de
Maria João Bahia. Entre as ofertas destacam-se ainda uma águia de ouro e uma camisola com a inscrição ‘Bento XVI’ assinada pelos jogadores do Benfica, que lhe foi entregue pelo director desportivo do Clube da Luz,
Rui Costa, e pelo capitão de equipa,
Nuno Gomes. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
António Costa, ofereceu ao Papa as chaves da cidade de Lisboa. O Papa também recebeu uma pintura de S. Nuno de Santa Maria e um pendão, uma imagem de Nossa Senhora, entre outros.A assistir a estes momentos, que
Diana de Cadaval caracterizou como
"inesquecíveis e que ficarão para sempre guardados no meu coração", estiveram muitas personalidades de vários quadrantes do nosso país.
Marcelo Rebelo de Sousa foi um dos primeiros a chegar à zona VIP.
"Espero que os portugueses levem para casa muita esperança. Num tempo de crise, de sofrimento, de dificuldades financeiras, económicas, sociais, é bom haver um sinal de que vale a pena lutar, que vale a pena viver e que há um sentido para a vida. Depois, para quem faz parte da Igreja, também um sinal de esperança no sentido de que os erros que foram cometidos não se repitam no futuro", disse à CARAS. também falou em esperança:
"Precisamos bem de uma mensagem de esperança e de acreditar em nós próprios, e isso é uma questão de fé." Muita fé é o que
Helena Sacadura Cabral tem, e essa fé será certamente um suporte fundamental numa altura em que passa por um momento delicado, pois o filho mais velho,
Miguel Portas, está internado no IPO, onde foi recentemente operado a um cancro do pulmão. Acompanhada do filho,
Paulo Portas, a escritora revelou:
"Espero que o Espírito Santo desça sobre mim e sobre nós portugueses, que o País precisa bem disso."
Pedro Santana Lopes realçou a
"capacidade intelectual", a
"personalidade sólida" e a
"coerência de vida" de Bento XVI, e afirmou:
"Numa altura tão difícil que Portugal atravessa, a única forma de correspondermos à visita do Papa é estarmos aqui presentes."
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