Começaram a namorar tinha ela 14 anos e ele 16. Nove anos depois, ainda sentem um friozinho na barriga quando se encontram. Uma entre as várias razões que os fazem querer casar-se e ter filhos em breve. Porque
Álvaro Parente e Francisca Oliveira já não se imaginam um sem o outro.
Descendente de uma família ligada ao desporto automóvel – Álvaro é neto de
Adérito Gomes Parente, fundador da Fábrica de Produtos Estrela -, o jovem piloto portuense recebeu o seu primeiro
kart com apenas quatro anos e nunca mais parou. Aos sete começou a competir e, hoje, tem uma carreira internacional que o faz ser apontado como o próximo piloto português na Fórmula 1. Já chegou à GP2 e, este ano, compete na Superleague Fórmula e nos GT (Grand Tourism). Apesar do pai, também
Álvaro Parente, ter sido piloto durante 29 anos, e dos tios também terem feito carreira na competição automóvel, diz que seguiu este desporto por vontade própria, depois de ter experimentado o futebol e ter sido federado em ténis.
Álvaro e Francisca Oliveira, que terminou o curso de decoração de interiores e pensa, agora, tirar comunicação social, partilharam com a CARAS o desejo de serem pais jovens e terem uma família grande. Uma conversa sobre a história de amor que os une e sobre os seus sonhos profissionais e pessoais.
– Nasceu numa família de gente ligada aos automóveis. Acredita que estava predestinado a ser piloto?
Álvaro Parente – O meu avô, o meu pai e os meus tios foram todos pilotos profissionais e desde pequeno que o mundo dos automóveis é o meu mundo… O meu pai foi piloto durante 29 anos e eu acompanhei sempre as corridas dele. Quando fiz quatro anos deram-me um
kart e, a partir daí, nunca mais parei. Os carros entraram na minha vida e ainda não saíram.
–
Começou a competir nos
karts, com apenas sete anos, e hoje, aos 25, é apontado como o próximo piloto português a poder entrar na mais importante modalidade automobilística, a Fórmula 1. É esse o seu sonho?
– Sim, mas é um sonho adiado. Correr na Fórmula 1 é o meu objectivo desde sempre, é nesse sentido que tenho construído o meu percurso, mas vou ter de esperar. Já tinha tudo definido para ser este ano, mas o patrocinador voltou atrás… Nos automóveis tudo pode acontecer, e de um momento para o outro.
–
E sente-se preparado?
– Tenho os resultados que são exigidos. Aliás, os primeiros testes que fiz em 2008 deram-me como apto. E não vou desistir. Continuo a correr na Superleague Fórmula, pelo Futebol Clube do Porto, que é o equivalente à Liga dos Campeões, mas nos automóveis. E nos GT pela Aurora Racing Team.
– E a nível pessoal, já se sente preparado para se casar com a Francisca?
– Sem dúvida. Vivemos juntos momentos importantes do nosso crescimento e fazemos parte um do outro. Quero continuar sempre com ela.
Francisca Oliveira – Nove anos depois, já não consigo viver sem o Álvaro. A verdade é que nos damos muito bem. E não sentimos que nove anos seja assim tanto tempo. Parece que estamos sempre a começar. Só consigo ver o meu futuro com ele.
– Sonha casar-se respeitando a tradição?
– Sim, e com tudo a que tenho direito. O mais tradicional possível. Do pedido à igreja…
–
E querem ter filhos? Quem sabe rapazes, para dar continuidade ao nome Parente no automobilismo…
Álvaro – Quero, e gostava de ser pai cedo. Em relação a serem pilotos, será com eles. Espero poder dar aos meus filhos as oportunidades que os meus pais me deram a mim. Os
karts são um desporto caro e eu tive a sorte de ter o patrocínio. E o do meu avô também. Lembro-me que, com cerca de nove anos, perguntei ao meu avô se me queria patrocinar…
Francisca – Acho que falamos mais em ter filhos do que em nos casarmos. Queremos muito ser pais jovens. Eu gostava de ter quatro filhos. Quanto a ser um rapaz, se sair ao Álvaro, já imagino o meu futuro, a sofrer pelo pai e pelo filho…
– Como é o Álvaro? É um homem romântico?
– Identifico-me muito com ele e juntos completamo-nos. Ele é especial e revela-se nas pequenas coisas. Apesar de não revelar muito facilmente as emoções, consegue surpreender-me no dia-a-dia. E é mais importante o dia-a-dia do que um dia só. O Álvaro é único!
–
As mulheres da família Parente já estão habituadas a acompanhar as corridas. No seu caso, fica muito preocupada quando ele sai em competição?
– É complicado. Fico muito nervosa nas partidas. Depois, à medida que o tempo vai passando, fico mais tranquila, porque ele me transmite confiança.
–
Quando o conheceu, ele já competia, soube à partida no que se ia meter…
– Sim, ele ainda estava nos
karts, mas já tinha sido campeão europeu. Depois, quando passou para as fórmulas é que eu vi claramente que ia começar a ficar complicado para o meu lado, que ia sofrer bastante…
–
O Álvaro viaja muito em competição. Lida bem com a distância?
– É importante sentir saudades. Éramos muito novos quando começámos a namorar e habituámo-nos. Sentia sempre um friozinho na barriga quando ele vinha ter comigo, e ainda hoje sinto. Espero nunca perder isso. Podemos não estar juntos muito tempo, mas quando estamos é incrível!
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