Nem na família de
Ana Fonseca, de 24 anos, nem na de
Eduardo Moser, de 36, havia gémeos. Por isso, foi com surpresa que receberam a notícia de que iam ser pais em ‘dose dupla’. Contudo, passado o
"choque" inicial, a cantora e o diretor financeiro e surfista ficaram entusiasmados com a mudança que vai acontecer nas suas vidas.
Carmo e
Madalena ainda não nasceram, mas já têm uma família de braços abertos para as receber, sobretudo a mãe de Ana, a jornalista e escritora
Isabel Stilwell, que não esconde o seu entusiasmo por ir ser avó pela primeira vez.
Foi sobre a experiência única que está a viver e os sonhos que quer realizar no mundo da música que a cantora e estudante de Educação de Infância, que está grávida de quase oito meses, conversou com a CARAS, em sua casa, no Linhó, em Sintra.
– Como é que a Ana e o seu marido receberam a notícia de que iam ser pais de gémeos? Ficaram muito chocados?
Ana Fonseca – Ao contrário do que possa parecer, não foi um choque muito grande. Vimos logo no princípio da gravidez que iam ser dois e habituámo-nos de imediato à ideia. O meu marido disse logo que íamos ser ótimos pais de gémeos! Ficou superentusiasmado.

– E a Ana está a adaptar-se bem às transformações do seu corpo?
– Nem tudo é ótimo na gravidez! Tê-las vai ser fantástico e vale tudo, mas há coisas muito difíceis e custa ver como o corpo muda e não temos nada a dizer sobre isso! Muda e só temos que aceitar. E hormonalmente também estamos diferentes… São mudanças profundas e lidar com isso é difícil. Mas o meu marido ajuda-me a manter o ego em cima e as hormonas mais controladas.
– E como é que a sua mãe está a viver a chegada dos primeiros netos?
– Como a minha mãe diz, vai ser ‘bi-avó’. Ela tem um grande sentimento de proteção e o que interpreta como ser avó é ajudar-me a ser uma melhor mãe. E tem feito isso. A minha mãe tem-me ajudado imenso e tem estado sempre ao meu lado. E olha muito para mim e não só para a minha barriga e para as minhas filhas. E está com pânico de as trocar!

– Casou-se com 21 anos e vai ser mãe com 24. Isso pode revelar que é uma pessoa que cresceu demasiado depressa?
– Comecei a namorar com o Eduardo quando tinha 16 anos e ele 29… Depois, o namoro foi avançando e tudo corria bem. E às tantas não fazia sentido outra coisa se não casarmo-nos. Claro que há coisas que são difíceis na gestão de idades, mas fomos encontrando o nosso equilíbrio. Não fazia sentido adiar o casamento só por causa da idade. Sempre tive pessoas mais velhas ao meu lado. E, como filha, sempre tive muita liberdade e responsabilidade, e isso ajudou-me a desenvolver a minha maturidade.
– Estava a dar os primeiros passos no mundo da música quando ficou grávida. Tem medo de que o nascimento das suas filhas possa adiar a realização dos seus sonhos?
– Tinha mandado uma maqueta para a Blim Records, eles gostaram e começámos a gravar umas músicas para apresentar a editoras… Tudo aconteceu ao mesmo tempo… Mas a Blim Records tem sido fantástica e está a contar com a minha gravidez. E logo que elas nasçam, quero ir para o estúdio gravar! A prioridade são as minhas filhas, mas quero continuar a lutar pelos meus sonhos. Os filhos ficam mais felizes com pais realizados.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.