Bibá Pitta é facilmente reconhecida na rua e não há quem fique indiferente à sua energia e força contagiantes. Aos 44 anos, tem no marido,
Fernando Gouveia, de 40 anos, e nos filhos,
Maria, de 17 anos,
Tomás, de 15,
Madalena, de 12,
Salvador, de 11, e
Dinis, de três, os seus maiores companheiros.
Foi sobre a sua vida sem artifícios e a simplicidade com que encaram o dia-a-dia e como lidam com a exposição pública que conversámos com a relações-públicas e o médico cirurgião no final de um fim de semana passado no Troiaresort, em que foi visível que o lema ‘um por todos e todos por um’ é o que melhor caracteriza esta família.
– Bibá, recorda-se por que começou a aparecer nas revistas?
Bibá Pitta – Não houve nenhuma razão concreta. As primeiras vezes lembro-me que tinha pouco mais de 20 anos e foi porque me acharam graça. Ou porque estava no aniversário de alguns amigos dos meus pais, ou porque estava numa festa no antigo Bananas e era fotografada…. Aconteceu. [risos] Depois, comecei a organizar festas no Club T, com o
José Manuel Trigo enquanto relações-públicas, e aí recebia a comunicação social.
– E habituou-se rapidamente a ser conhecida?
– Sim, nunca tive problemas, até porque uma figura pública tem algumas responsabilidades e deve ajudar em muitas iniciativas, e essa é uma parte de que gosto muito.

– A Bibá já era uma figura pública quando conheceu o Fernando. Sendo ele tão discreto, teve por certo de haver uma fase de adaptação…
– Houve sempre um respeito enorme, e enquanto eu não me importo nada de aparecer, o meu marido, se puder, evita.
Fernando Gouveia – No início era desagradável chegar a um sítio e ter de repartir as atenções com muita gente, mas depois fui-me habituando.
– Isso tem muito que ver com o respeito que ambos têm pelas diferenças um do outro…
Bibá – Só podia ser assim, e entre nós as coisas são muito bem geridas. A parte festiva que existe na nossa vida existiria da mesma maneira se não fôssemos conhecidos. É muito engraçado, porque as pessoas abordam-nos na rua como se nos conhecessem, especialmente aos miúdos, e têm um carinho muito grande por sermos uma família numerosa. Nós somos realmente uma família feliz, com muita partilha. Gosto imenso de ser abordada na rua e adoro receber convites para coisas em que a minha experiência de vida seja uma mais-valia.
– Fernando, às vezes é necessário chamar a Bibá à razão?
Fernando
– Muitas vezes tenho de chamá-la à realidade e explicar-lhe que nem sempre ganha com os sítios onde vai e pode ser mal interpretada. Ela vai na conversa para ajudar todos e muitas vezes não vale a pena dar a cara por determinadas coisas.
Bibá
– Falamos sobre isso imensas vezes e ele equilibra-me, mas o facto de sermos figuras públicas não nos prejudica, pois somos uma família feliz e vivemos em função uns dos outros.

– A Bibá não aceita convites se o Fernando não pode acompanhá-la…
– Nisso somos um casal à antiga: não vou sem o meu marido para lado nenhum à noite. Sempre que saímos, é para nos divertirmos e não faz sentido se não estivermos juntos.
– A Maria já tem namorado e com o passar dos anos eles vão começar a seguir os seus caminhos. Estão preparados para isso?
Fernando
– Nem pensar. [risos] Eles são muito mimados e protegidos.
Bibá
– Estou mais que preparada, faço-lhes um anexo ao lado da nossa casa. [risos] Já lá estão os meus pais e adorava que um ou dois deles também lá ficasse.
– Essa também é a parte boa de ter cinco filhos?
– É verdade, nunca vou ficar sozinha. Primeiro, porque tenho uma especial que me vai dar o braço até ao fim da vida e, depois, porque tenho o Dinis, que ainda só tem três anos. Além do mais, antes de saírem os filhos ainda vêm os netos. [risos]
– Também eles já são caras conhecidas e continuam a manter a humildade…
– É verdade, mas acho que isso acontece pelo exemplo que têm dos pais. Uma figura pública não tem mais direitos do que os outros. Eles sabem que o que faz deles alguém de destaque são os valores e a educação que têm e o facto de serem uns miúdos maravilhosos e que nunca nos deram problemas.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.