Depois de muito se especular sobre o fim do casamento de
Helga Barroso e
Luís Evaristo, o casal assume a separação. A relações-públicas e o empresário explicam que decidiram fazer esta produção juntos para a CARAS já que foi a revista que esteve presente no seu casamento, em junho de 2005, e os acompanhou durante estes cinco anos de união. Outra das razões é desejarem evitar que sejam terceiros a alimentar o assunto. Numa conversa franca, Luís e Helga explicam as razões que levaram ao divórcio, esclarecem as notícias que dão conta do envolvimento do empresário num caso de droga e falam também das dívidas que levaram à perda do Sasha Summer Sessions.
– Depois de tantos rumores e alguns desmentidos, vão mesmo separar-se?
Helga – Estamos a assumir que nos vamos separar. Todos os casais têm altos e baixos na vida e nós passámos uma fase em que não sabíamos bem o que queríamos. Depois de muito pensarmos sobre isso, decidimos que era melhor para nós separarmo-nos. O divórcio está em curso, já estamos a viver em casas separadas.
Luís – Tivemos altos e baixos e nunca ligámos aos rumores porque estávamos a lutar pelo que seria melhor para nós, que acabou por ser o divórcio. Há um preço que duas pessoas não podem pagar… nós, antes de qualquer coisa, somos grandes amigos e quando, nas alturas de crise, não conseguimos encontrar o equilíbrio, temos de perceber que, se calhar, o nosso tempo juntos terminou. Um divórcio não significa que duas pessoas não possam ter uma relação. Aquilo que nos fez chegar ao divórcio foi precisamente o facto de não querermos pagar qualquer tipo de preço para manter um casamento cujo equilíbrio poderia ser difícil de atingir. Nas nossas crises nunca deixámos que se chegasse à falta de respeito. Somos dois grandes amigos, e isso nunca poderíamos pôr em causa.
– Por que decidiram fazer esta sessão fotográfica juntos?
– Por uma questão de princípio. As nossas profissões fizeram de nós pessoas mediáticas e sabemos que somos alvo de interesse num assunto tão delicado como um casamento ou um divórcio. Entendemos que seria mais positivo dar uma entrevista por iniciativa própria em que pudéssemos explicar tudo de modo a evitar que fossem terceiros a alimentar um assunto que é nosso. Por vezes, o preço do silêncio é demasiado elevado e não queremos que especulem sobre a nossa vida.
Helga – O casamento pode acabar, mas a relação que existe não deve ser destruída. Estarei sempre com o Luís quando ele precisar de mim, continuarei a acreditar nele e estarei disponível para o que houver necessidade.
Luís – Se não existisse amizade e respeito, acho que não teríamos tomado esta atitude. É a amizade que nos une que nos permite estar a tomar esta decisão.
Helga – O que não queremos é perder o respeito um pelo outro. Iremos sempre fazer parte da vida um do outro. Estivemos juntos sete anos e muita coisa se construiu. O Luís fez parte da minha vida, e isso não se apaga.
– Acabou, mas foram sete bons anos que passaram juntos?
– Sim, foram felizes e com muitos altos e baixos. Os casais que não assumirem isso não dizem a verdade, isso não existe nos dias de hoje. O Luís é uma pessoa maravilhosa.
– O que vos levou concretamente à separação?
Luís – Na nossa relação, não conseguimos encontrar uma razão específica para o divórcio. O amor só não chega, o amor não pode ser cego e temos de fazer cedências de parte a parte. Houve divergências entre nós que se foram agudizando e ficando mais expostas com o passar do tempo. Valorizamos coisas diferentes. Se calhar era fundamental para a Helga que eu fizesse algumas coisas que nunca fiz, como, por exemplo, partilhar uma caminhada, um passeio. Não é pela falta do passeio, mas isto é um exemplo de que podemos ou não ceder. Há coisas de base que são diferentes, nas quais valorizamos situações distintas, e onde as cedências não acontecem.
Helga – A vida a dois, quando não é partilhada, acaba por nos fazer sentir sozinhos. Estamos em campos opostos e chegámos à conclusão de que cada um tem de seguir a sua vida.
– Mas conhecendo essas diferenças, por que é que não cederam, simplesmente?
– O amor não vence tudo. Todos temos as nossas convicções e, por muito amor que se tenha, a essência mantém-se sempre. Por vezes, com o passar do tempo, não conseguimos aceitar a outra pessoa como ela é. Não podemos viver sempre em função do outro. A nossa vida é muito curta e temos de entender o que faz sentido.
– Vão continuar a trabalhar juntos?
Luís – Não faço futurologia, mas nada do que será feito porá em xeque o que nós temos. Mas digo já que, profissionalmente, a Helga é exímia, e nos meus projetos, existindo essa necessidade, será contratada. Este verão, a Helga teve um projeto sozinha, nada tive que ver com isso, e correu muitíssimo bem.
Helga – O mais importante é a nossa relação de amizade, depois, tudo se verá.
– Luís, nos últimos dias saíram notícias que especulavam sobre o seu envolvimento num caso de droga…
Luís – Cocaína, mais especificamente. Sou testemunha de um processo de tráfico de estupefacientes e, claramente, a notícia que passou na TVI, e outras derivadas dessa, não mencionam o único facto que é importante: que se remete a uma situação de passado e de consumo, rigorosamente mais nada. A forma como está construída é desagradável para mim, devido à perceção que poderá ter passado, que eu condeno e que é prejudicial, porque não é clara quanto ao meu envolvimento. Essa notícia deveria relatar a verdade dos factos, é um caso a que estou ligado como testemunha e consumidor. Condeno veementemente o tráfico.
– Continua a consumir drogas?
– Infelizmente, tive uma relação com a droga. Tive, não tenho, é passado. Não sou consumidor. Experimentei as drogas leves aos 18 e a cocaína já mais velho. Quis experimentar e conhecer. Infelizmente, entre finais de 2009 e 2010 foi um período muito complicado para mim, até nesse aspeto, com alguns problemas pessoais, familiares e profissionais. Fui fraco, procurei um escape, e as drogas, este tipo de drogas, são sociais, estão associadas ao convívio. Socialmente, nunca precisei de qualquer tipo de estímulo para dar o que dou de mim às pessoas. O contacto infeliz que tive com a droga e, nomeadamente, no período em causa, foi uma fase muito complicada da minha vida. Tenho tido força, sou o homem das soluções que nunca baixou os braços para nada.
– Procurou ajuda?
– Não obstante eu ter sido fraco, ou de me ter refugiado onde não devia… Tive muita falta de respeito por mim e falta de auto-estima. Se calhar a palavra fraco não é a certa, porque identifiquei um problema e fui-me tratar. Sempre abominei as drogas e hoje, depois de tudo o que se passou, de ter procurado ajuda especializada, sei que posso tudo. Eu, para ir para a cabina do DJ dançar ou para ir jantar com amigos, nunca necessitei de drogas. A droga não me trouxe nenhuma felicidade, só agravou os meus problemas. Foi um ano duro.
– E os problemas com dívidas, que se tornaram públicos?
– Em 2009, fiz investimentos na altura errada, cujo retorno ficou atrasado devido à crise que assolou a Europa. E as dívidas surgem da minha capacidade de empreendorismo, em que eu fui o primeiro e o mais prejudicado. Nunca quis casas nem Ferraris, o meu alimento é construir o que sonho. E em 2009 foi um ano em que tudo colapsou.
Helga – A nossa separação não passa por isto, por estes fracassos. Teve o seu peso, mas estive sempre ao lado do Luís.
Luís – Associar o ano de 2009, em que houve o problema do Sasha, ao ruir do nosso casamento não faz sentido nenhum. Tivemos crises antes e depois disso.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.