Este ano, o Natal de
Alexandra e
Serafim Ribeirinho Soares vai ser especial. Com o nascimento da filha,
Alexandra, há dois meses, a rotina do casal sofreu algumas alterações, mas nada que lhes retire o sorriso do rosto. Visivelmente feliz, a relações-públicas ganhou um brilho especial e tem-se revelado exímia no papel de mãe. Quem o diz é o marido, que a sente mais realizada e plena com a maternidade. Seguros da opção que fizeram após dez anos de casamento, Alexandra e Serafim têm, agora, "
uma vida muito mais preenchida e a casa cheia de alegria". Apoiados pelos amigos e pelos filhos mais velhos do cirurgião plástico,
João, de 24 anos, e
Luís, de 16, formam uma família feliz e que usufrui de cada momento com a máxima intensidade.
–
A Alexandra nasceu há dois meses. O que mudou na vossa vida desde então?
Alexandra – Por muito que tentemos manter tudo como estava, há coisas que mudaram, obrigatoriamente. Apesar de termos ajuda para cuidar da nossa filha, fazemos questão de estar presentes e acompanhar o crescimento dela. E a verdade é que não conseguimos estar longe dela. Antes da Alexandra nascer pensávamos que íamos continuar a sair aos fins de semana, mas não conseguimos. Se saímos, a Alexandra vai connosco. Se ela não for connosco, sinto que me falta uma parte de mim.

–
Adiou a maternidade até aos 40 anos. Como se sente no papel de mãe?
– Estou a adorar ser mãe! Nunca pensei que fosse tão bom. As pessoas diziam-me que o que sentimos por um filho cresce todos os dias e eu não entendia, mas agora tudo faz sentido. Cada dia que passa olho para ela de maneira diferente, e a ligação é cada vez mais forte. Só me apetece dar-lhe beijinhos e abraçá-la. A minha filha é muito dócil e linda. É uma fase muito bonita, porque sinto-a muito nossa. As coisas mais bonitas que aconteceram na minha vida foi ter-me casado com o Serafim e ter tido a nossa filha.
– Como vê a sua mulher no papel de mãe? A Alexandra está com um brilho diferente…
Serafim – A Alexandra é uma ótima mãe, atenta e muito cuidadosa. Tem todas as qualidades e mais algumas. Ela sempre gostou muito de crianças e ter uma só dela é o máximo. Nota-se que está muito mais feliz. Uma mulher completa-se com a maternidade e a ela só lhe faltava esta parte para estar plena.

– Já se questionaram por que razão esperaram dez anos para terem um filho?
Alexandra – Esperamos o tempo ideal. Gozámos muito estes anos e divertimo-nos imenso. Mas gostamos muito um do outro e percebemos que nos poderíamos arrepender de não termos tido um filho juntos, poderíamos ficar com essa pena. Felizmente, não foi tarde de mais e conseguimos. E hoje temos a vida muito mais preenchida e a casa cheia de alegria.
– Fisicamente, com quem se parece a Alexandra?
Serafim – Há quem diga que é parecida comigo, mas tenho fotos da Alexandra em bebé que se assemelham muito à nossa filha neste momento. Temos de a deixar crescer mais um bocadinho para perceber, mas espero que saia à mãe!
–
Ser pai de uma menina é diferente? Sente-se mais protetor?
– A vida e os conceitos de vida modificam-se com o passar dos anos. E quando a Alexandra fizer 18 anos, as nossas preocupações vão ser, com certeza, outras. O choque de gerações é normal. Tal como eu e o meu pai chocámos, ele não compreendia os cabelos compridos, com os meus filhos foi a mesma coisa. A maneira como se vestiam, com as calças descaídas, era uma coisa que me fazia confusão. Tudo muda, e daqui a uns anos, quando a Alexandra começar a ter idade para sair, de certeza que haverá qualquer coisa que nos vai parecer estranho. O futuro é incerto e a evolução exige uma adaptação constante.

–
Estão de acordo em relação à educação que querem dar à vossa filha?
– É nessa parte que podemos interferir. Temos de transmitir os nossos valores, que são o mais importante na educação de uma criança. Depois, temos de a ensinar a viver em sociedade. Ela, tal como o João e o Luís, poderá contar sempre connosco.
Alexandra – Nós acompanhamos muito bem o raciocínio um do outro e temos os mesmos ideais e gostos. Eu e o Serafim completamo-nos e com a nossa filha não vai ser diferente. Entendemo-nos sempre em todos os aspetos e não há por que mudar agora.
Serafim – Apesar de eu ser mais liberal na educação das crianças que a Alexandra. Eu deixo os meus filhos praticarem desportos radicais e ela nunca deixaria. Se a nossa filha sair à mãe, não vai querer nada com desportos radicais. [risos]
–
Como é a relação dos seus filhos com a irmã?
– Muito boa, somos uma família unida. Eles adoram a Alexandra. Jantam todas as semanas lá em casa para poder estar com ela. Estou certo que eles é que vão ser os protetores da irmã e o elo de ligação entre a nossa geração e a dela.
Alexandra – O João e o Luís são uns queridos e estão muito ligados à irmã. Gostam imenso dela e são maravilhosos.

– Preparam-se para celebrar o primeiro Natal da Alexandra. Como vai ser este ano?
– Pelo terceiro ano consecutivo vamos passar o Natal ao Brasil. E a Alexandra vai connosco. Depois o João e o Luís vão lá ter.
–
E como é passar o Natal com calor?
– É maravilhoso! E este ano ainda vai ser mais especial, porque temos a Alexandra connosco.
Serafim -E o facto de estarmos lá nesta época não quer dizer que não liguemos à tradição. A verdade é que estamos numa fase diferente das nossas vidas. É muito agradável, depois de uns meses com frio, passar os últimos dias do ano com mais de 30°C. E é Natal na mesma, porque estamos juntos, e isso é o mais importante.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.