Embora o lema
"desistir não é opção" sempre tenha inspirado a sua forma de viver,
Paulo Sousa Costa pratica-o com mais intensidade desde que passou pela maior provação da sua vida, a morte do filho,
Paulinho, de sete anos, em setembro último, vítima de uma leucemia rara.
"Desejo continuar a ter esta resistência, para não desistir, porque é muito fácil desistir."
Para o ajudar a sobreviver ao sofrimento, o jornalista e produtor de espetáculos tem contado com o apoio emocional da namorada, a manequim
Carla Matadinho.

"A Carla sempre foi um pilar para mim. Agora ficou exposto, mas eu já sabia que tinha estas fundações. Nós já tínhamos uma estrutura familiar muito forte, a três. Agora temos a dois", confidenciou Paulo, que, juntamente com a namorada, se empenhou num trabalho solidário com crianças e jovens na Academia de Psicologia e Teatro, fundada há sete anos pela psicóloga
Ana Paula Reis. Foi lá que encontrámos o casal, a ajudar na festa de Natal das muitas crianças que ali são recebidas diariamente. Adepto fervoroso da solidariedade com "S" grande, o produtor explicou à CARAS:
"Quero ser padrinho deste projeto o ano inteiro e não apenas no Natal."

Três meses depois do desaparecimento do filho, a sua fonte de inspiração, Paulo Sousa Costa fala do seu sofrimento de uma forma digna.
"Felizmente, comecei a perceber que havia pessoas a inspirarem-se naquilo que eu ia fazer, nunca quis ser inspiração para ninguém, mas… fui."
A poucos dias do primeiro Natal sem Paulinho, Paulo referiu ainda:
"Neste momento eu vivo um segundo de cada vez e para o Natal ainda faltam muitos segundos…"
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.