Um mês e meio depois do nascimento de
Maria Rita, a família de
Joaquim e
Manuela Couto está mais feliz e completa. Dez anos depois de terem tido o primeiro filho em comum,
Salvador, e da posterior perda de dois filhos bebés, o médico e político, de 59 anos, e a empresária, de 39, tinham posto de parte o sonho de voltarem a ser pais, mas, no início de 2010, foram surpreendidos com a notícia de que Manuela estava de novo grávida. A CARAS foi conhecer Maria Rita e conversou com Joaquim e Manuela Couto sobre o que mudou com o nascimento da filha e de como os irmãos – Salvador e os dois filhos mais velhos de Joaquim,
Luís, de 32 anos, e
Silvana, de 29 -encararam a chegada do novo elemento da família como uma boa nova.Em harmonia e paz, sentem-se abençoados e agradecem todos os dias o bem que agora receberam.
– Com a Maria Rita, o vosso dia-a-dia deve ter mudado muito. Como têm sido estes primeiros dias?
Joaquim Couto – De grande surpresa. Ao contrário dos bebés que já tivemos cá em casa, a Maria Rita deixa-nos dormir toda a noite, come com facilidade e raramente chora…
Manuela Couto
– Para mim têm sido dias maravilhosos! A Maria Rita é deliciosa, nunca pedi nada tão bom. O que sinto com ela é diferente do que já senti até hoje. Amo o Salvador, mas os sentimentos são diferentes. Sinto-me muito preenchida. Faltava-me isto… ela não vem substituir ninguém, tem o lugar dela, mas tinha de vir…
–
Visto não ter sido uma gravidez planeada, e depois de tudo o que já passaram, encaram esta filha como uma bênção?
Joaquim – A Maria Rita veio preencher um vazio afetivo que sentíamos. Obviamente que não nos esquecemos do que vivemos, mas seguimos em frente. Creio que já racionalizámos, apesar de recordarmos tudo. Mas a negatividade e o pessimismo que isso poderia implicar estão ultrapassados. De outro modo, seria insuportável.
– A Manuela está com um brilho especial nos olhos. Como é que o Joaquim acha que ela está a lidar com tudo?
– Ela anda encantada. Vê-se que está feliz e realizada. Provavelmente, foi quem mais sentiu, pela positiva, este nascimento. A Manuela rejuvenesceu e isso nota-se no dia-a-dia. Encara a vida com outro otimismo e sentido de humor. Foi excelente para todos.
Manuela – Sinto-me mais nova. Ser mãe aos 28, aos 31, aos 36 e, agora, aos 39 anos, é totalmente diferente. E depois, profissionalmente, estou numa situação mais confortável, o Salvador já é crescido e o Joaquim está mais disponível para ajudar.
–
E para o Joaquim, como é voltar a ser pai aos 59 anos?
Joaquim – Já vi nascer seis filhos… Mas é verdade que estou numa fase diferente da vida. Às vezes, quando digo que tenho mais um bebé em casa, perguntam-se se é meu neto, mas isso não me incomoda. Eu ando bem e sinto-me jovem. Tenho um temperamento algo extravagante. Não me encaixo nos padrões da minha idade nem me rodeio de pessoas mais velhas. E ser pai aos 59 anos faz-me bem ao ego. Sei que tenho de estar aqui mais uns 20 anos para os ver crescer… É bastante estimulante, não vejo nada de negativo.
– E o Salvador, como recebeu a irmã?
– Ele adora a Maria Rita e gosta de partilhar com a mãe tarefas como mudar fraldas, dar banho e passear. Já tem responsabilidade de irmão mais velho e assume o papel de protetor, colaborando em todas as rotinas que dizem respeito à irmã. Isto é bom, porque facilita a integração e assimilação do facto que é ter uma irmã dez anos mais nova.
–
Os seus filhos mais velhos, o Luís e a Silvana, já conhecem a irmã?
– Sim, e também encararam como uma boa nova o nascimento da irmã. Estão felizes e contentes com a vinda dela.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.