Patrícia e
Rui Pereira da Silva casaram-se em setembro de 2009 e rapidamente perceberam que queriam ser pais. A 13 de outubro do ano seguinte, a auditora e o empresário na área da agricultura biológica deram as boas-vindas a
Teresa, agora com dois meses. Apesar das suas rotinas terem mudado radicalmente, Patrícia e Rui não podiam estar a gostar mais desta nova fase e é com verdadeiro entusiasmo que a auditora avança que não quer esperar muito mais para ter mais filhos.
Quem também está radiante com a bebé é
Maria Helena Pereira da Silva, mãe de Patrícia. Viúva há cinco anos, a empresária vê na neta mais uma razão para ser feliz e sempre que pode viaja dos Açores, onde tem grande parte dos seus negócios, para o continente para estar com a filha e a neta. Maria Helena e Patrícia receberam a CARAS na casa da primeira, em Telheiras.
– Apesar de ainda ser uma experiência curta, como é que a Patrícia está a viver o seu papel de mãe?
Patrícia Pereira da Silva – Tem sido uma experiência fantástica, como era de prever. Tem muito que ver com aquilo que eu já pensava que ia ser, mas confesso que é ainda melhor. Desde a gravidez que correu tudo muito bem. A Teresinha é uma bebé muito calminha. Está a ser maravilhoso.
Maria Helena P. da Silva – A Patrícia está a ser uma mãe fantástica. É um papel que lhe assenta maravilhosamente. Foi uma grávida estupenda, com muito boa disposição. Trata muito bem da bebé, mas tira uma hora por dia para se dedicar a si enquanto mulher, o que é essencial para o seu bem-estar. É importante que a mulher continue a achar-se gira e feminina. Ela é uma mãe a tempo inteiro que consegue fazer tudo com leveza e graciosidade.
– E como é que a Maria Helena está a viver o seu papel de avó?
– Um neto é um acréscimo de amor, de responsabilidade e de trabalho. E é superimportante ver o crescimento da família. Confesso que ainda não estava naquela fase da minha vida em que já só pensava em ser avó. Tenho uma agenda profissional muito preenchida, tenho sempre muita coisa para fazer. Mas ser avó é uma das coisas fantásticas que tenho na minha vida.
– A Patrícia parece estar a encarar esta nova fase da sua vida com muita descontração…
Patrícia – E estou. A minha filha é muito calminha, porque tive uma gravidez muito serena e temos um ambiente muito calmo e descontraído em casa. Eu e o Rui temos muita harmonia e ele ajuda-me imenso, sobretudo nos momentos piores, as noites.
– Parece que o nascimento da Teresa não abalou a vossa estabilidade enquanto casal…
– Não, em nada. É fundamental um casal estar bem para ter um filho. Quando as coisas já estão bem antes de sermos pais, depois só podem ficar melhores, e é o que tem acontecido comigo e com o Rui. Completamo-nos cada vez mais.
– Muitas mulheres dizem que mudam com a maternidade. Já sente isso?
– Por enquanto, acho que não. Sou a mesma Patrícia. Continuo a ser bem-disposta, otimista, com pensamento positivo e supercalma. Sou uma pessoa muito prática e muito ligada à família e aos amigos. Somos uma família pequena, mas muito unida.
Maria Helena – O mais importante para nós é a família e o amor que há entre nós. Nós tivemos aquela perda enorme, que nos acompanhará sempre, que foi a morte do meu marido. Ele era uma pessoa enérgica, desportista e ninguém imaginaria que ia morrer cedo… E todo este amor que nos une tornou mais leve a nossa vida e a nossa adaptação a uma nova forma de estar. Quando o nosso pilar desaparece, fica difícil reencontrar o caminho… Mas hoje em dia acho que podemos dizer que temos uma nova vida.
– Sente que há um antes e um depois nas vossas vidas, marcado pela morte do seu marido?
– Completamente… Nunca me entreguei ao desgosto e considero que a minha vida ao lado do meu marido foi muito bonita e essencial para a mulher que sou hoje. Nunca tive aquela atitude de perguntar:
"Porquê a mim?" Vou continuar a falar sempre do meu marido, fui casada durante 30 anos, tive um casamento feliz, mas hoje em dia é uma questão que está completamente ultrapassada e sinto-me com força para uma vida nova.
Patrícia – Conseguimos encontrar um equilíbrio muito bom. Desde que não temos o pai, eu e a mãe fazemos uma viagem por ano sozinhas. Por acaso, este ano fomos com mais amigas e talvez façamos o mesmo em 2011.
– Planeia ter mais filhos?
– Quer eu quer o Rui gostamos imenso de crianças e queremos ter no mínimo três. Já me sinto completamente preparada para começar a pensar em ter outro bebé.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.