Apesar de não se alongar em explicações sobre a doença, Miguel garante que, tal como a generalidade das pessoas que passe pelo mesmo, passou a relativizar algumas situações na sua vida e a dar mais importância a outras, nomeadamente dedicando mais tempo aos filhos, Frederico, de 16 anos, e André, de 13. "Julgo que me tornei um pai mais presente, mas não gosto muito de falar sobre esses assuntos. Quando uma pessoa passa por isto, os seus horizontes ampliam-se. Passei a dar mais importância a determinadas coisas e julgo que, sob vários aspetos, hoje estou bastante melhor. A arte da vida é transformar de alguma maneira estes problemas em oportunidades e desafios. Encarei tudo isto com muita naturalidade."
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.