Vanessa Oliveira, de 29 anos, tem construído um percurso sólido como apresentadora de televisão. A substituir
Rita Ferro Rodrigues na
Companhia das Manhãs, não se deixa deslumbrar pela fama e é passo a passo, contando sempre com o apoio da família, que vai consolidando o seu sucesso profissional. Se a este nível se sente realizada, o mesmo se pode dizer em relação à sua vida pessoal. Após alguns meses de silêncio, a apresentadora e modelo assume agora o namoro com o ator
Rui Porto Nunes, que a tem feito
"feliz", como confessou à CARAS durante uma tarde passada no Convento dos Capuchos, em Sintra.
– A Vanessa que se vê no
Fama Show é diferente daquela, mais descontraída, que apresenta o
Companhia das Manhãs. Qual é a mais parecida com a Vanessa de todos os dias?
Vanessa Oliveira – No
Fama sou uma
persona, porque a ideia do programa é transmitir sonho, magia, mostrar o que é o
glamour. No
Companhia da Manhãs sou muito mais eu. Quem o público vê todas as manhãs sou eu, mas resguardando sempre a minha privacidade. Eu sei aquilo que devo às pessoas que me seguem, que gostam de me ver, e tento gerir tudo isto com bom senso, revelar um bocadinho, mas não demasiado. Revelo quem sou, mas há uma parte que será sempre só minha.
– E é por querer resguardar esse seu lado mais privado que ainda não admitiu publicamente que namora com Rui Porto Nunes, com quem tem sido fotografada por
paparazzi?
– Tenho mantido o silêncio sobre isso única e exclusivamente pela forma como têm tratado esse assunto. Os três
paparazzi que apareceram nas revistas foram feitos porque me seguiram, foram especificamente atrás de mim, e isso não posso admitir! Se me tivessem dito:
"OK, nós já percebemos que namoram, queres dizer alguma coisa?" Isso é diferente daquilo que me fizeram. Tirando os meus pais e os parentes mais chegados, mais ninguém da minha família sabia deste namoro.
– E está feliz e realizada com esta relação?
– Sim, estou feliz, está tudo bem e não digo mais nada! [risos]
– Já faz sentido falar-se de casamento ou de terem filhos?
– Ao contrário do que já foi publicado, eu não me quero casar, mas quero ter filhos! As coisas vão acontecendo e só digo isto de não querer casar porque, nos dias de hoje, casar é muito caro e prefiro agarrar na pessoa com quem estou e fazer uma grande viagem ou comprar uma casa do que pagar um casamento! É uma questão prática.
– E em termos espirituais ou sociais, a oficialização da relação não é importante para si?
– Um papel assinado não muda nada, não altera aquilo que sinto pela pessoa. Hoje há muitos casais que não se casam, têm filhos e são felizes. Mas daqui a três anos até poderei dizer:
"Quero casar-me, vestir-me de noiva e fazer uma festa." Seria sinal de que podia e pronto. Mas neste momento não me faz sentido casar. Agora filhos, quero ter. Quando? Não sei.
– Como é que tem sido apresentar um programa diário?
– Está a ser muito engraçado. Foi difícil organizar-me com os horários, habituar-me, mas agora já entrei no ritmo. Os temas que abordamos assustavam-me um bocadinho, porque são duros… Enfim, é a nossa realidade, mas não deixa de ser difícil. E temos de saber lidar com isso.
– Lamenta que seja apenas um desafio pontual?
– Não me importo nada, sempre soube que só ia substituir temporariamente a Rita. Com este desafio quero ganhar mais experiência, aprender e melhorar a minha performance num direto, a minha forma de falar… Tudo tem um tempo para acontecer. Tenho 29 anos e não tenho idade para já ser dona e senhora de um programa. Não é que não o saiba fazer, mas o que acho é que tem de haver uma certa credibilidade que, normalmente, se atinge com a idade. Portanto, esta experiência foi um voto de confiança muito grande! E agradeço imenso, porque tenho aprendido muito.
– Estas experiências também acabam por ser importantes porque tiram-na da sua rotina profissional e obrigam-na a sair da zona de conforto…
– Exatamente. E isso é fundamental. Eu adoro o
Fama Show, que é um projeto que acompanho desde o início e não queria deixá-lo por nada! O programa faz três anos em março e nunca estive tanto tempo no mesmo formato. Contudo, gosto imenso de ter outras coisas para ir inovando, refrescar a cabeça para poder ter ideias novas.
–
É difícil manter a humildade quando se trabalha em televisão?
– Se tivermos boas bases, uma boa educação, bons princípios e bons valores, não.
– Para isso acredito que a sua família tenha tido, e continue a ter, um papel fundamental…
– Sem dúvida. Nós não somos muitos. Os meus pais só têm um irmão cada um, a minha tia não tem filhos e o meu tio tem uma filha ainda muito pequena. Portanto, durante muitos anos fomos só eu e a minha irmã, que é 11 anos mais nova. Durante muito tempo fui só eu! Como a família é pequena, sempre foi unida. Não faço nada sem falar com o meu pai, com a minha mãe, com a minha avó… Eles sabem tudo sobre mim.
– É uma pessoa ambiciosa?
– Não… Quero ter as minhas condições de vida, a minha ca-sa, construir alguma coisa para, quando tiver filhos, ter algo para lhes deixar. Em termos profissionais, quero ser como a
Bárbara [
Guimarães], a
Catarina [
Furtado], a
Júlia [
Pinheiro], a
Fátima [
Lopes]… Mas hei de lá chegar, não quero tomar o lugar de ninguém e cada coisa tem o seu tempo.
– A Vanessa licenciou-se, tirou uma pós-graduação, está a tirar o mestrado, tudo na área da comunicação, e é também uma mulher bonita. Para a sua carreira, a beleza tem sido uma ajuda ou um peso?
– A beleza acaba por ser as duas coisas. Por exemplo, quem vê o
Fama acha que nós estamos ali a fazer os
pivots e pronto! E não é verdade! Nós visionamos as peças, editamo-las, fazemos tudo! Já me revoltou imenso pensarem que era só uma cara bonita. Mas a partir do momento em que as pessoas que estão acima de mim sabem que não é assim, bem como as que trabalham comigo… Deixei de me preocupar com o que os outros pensam.
– A Vanessa está muito associada à boa forma física e a um estilo de vida saudável que, para si, significa muito mais do que ter um corpo trabalhado…
– Sim. O meu pai sempre foi uma pessoa muito ativa, mas quando a sua situação profissional mudou, tornou-se muito mais sedentário. Engordou imenso e decidiu pôr uma banda gástrica. É o presidente da Associação de Obesos e Ex-Obesos de Portugal e já pesou 152 quilos, agora pesa 90 e pouco. E o facto de eu ter assistido a esta luta do meu pai despertou-me a vontade de ter um estilo de vida saudável.
*Este texto foi escrito nos termos do novo acordo ortográfico.