Tiago Bettencourt não nasceu em Lisboa, mas acabou por fazer da capital a sua cidade de eleição,
"o sítio para onde volto". Talvez por isso tenha sido tão gratificante para si escrever
Lisboa Que Me Encontra, a música que deu o mote à 4.ª edição do Cin Re-Make, um projeto de intervenção urbana que este ano inspirou estudantes de Arquitetura, Belas-Artes e Design a requalificarem e darem novas cores a três espaços urbanos da capital.
"Nasci em Coimbra mas só por tradição familiar, porque os meus pais já viviam em Lisboa, mais precisamente na Parede. Aos sete anos mudámo-nos para o Estoril. Assim que recebi a carta de condução, passava a vida em Lisboa, porque era um sítio onde conseguia conhecer gente diferente e ir a concertos, teatros, exposições – a oferta era muito maior do que em Cascais. Aos 23 anos, assim que financeiramente foi possível, mudei-me para Lisboa e é aqui que vivo desde aí. Esta cidade faz parte da fase mais importante da minha vida: a altura em que me tornei independente. Ganhei com as ruas de Lisboa uma cumplicidade que não tenho com mais cidade nenhuma. Lisboa é a minha casa. Esta canção fala de uma cidade que se descobre de fora para dentro, uma cidade que se torna cúmplice de quem a vive," explicou o músico, que se prepara para abraçar um novo desafio na sua carreira:
"Nesta altura estamos a planear lançar um projeto que tenho na gaveta há dois anos chamado Tiago na Toca.
Foi um projeto gravado em minha casa no qual musiquei poemas de vários autores. Depois, convidei uns amigos para cantar, outros para tocar e fizemos um disco. Espero que em meados de setembro consigamos tê-lo cá fora. Qualquer dia também tenho que começar a pensar num novo disco de Tiago Bettencourt & Mantha.
Mas por agora estamos na Toca…"
