Nove meses depois de se ter divorciado, Helga Barroso, 40 anos, está cada vez mais empenhada na vida profissional e garante que a sua realização pessoal passa maioritariamente pelo sucesso no trabalho. Do passado faz parte o casamento de sete anos com Luís Evaristo, e do futuro o desejo de ser mãe. Foi sobre a forma como lida com a solidão e o facto de se sentir cada vez mais realizada e segura de si própria que a CARAS conversou com a empresária, no dia a seguir à inauguração do Luv Club, em Tróia, espaço que gere durante o verão.
– Como está a lidar com este novo estado civil?
Helga Barroso – Lindamente. É uma nova fase da minha vida e estou mais empenhada em manter a estabilidade a nível profissional do que em mudar de estado civil. Neste momento, a minha visão não vai para a minha vida pessoal, pois esta faz parte da profissional. O meu coração está muito aberto [risos].
– Segundo sei, o Luís não está em Portugal. Têm-se falado?
– Claro que sim, estamos sempre em contacto e estarei sempre. O Luís é uma pessoa que fez parte da minha vida e vai continuar a fazer. Temos um laço de amizade demasiado forte para nos podermos afastar e o Luís sabe perfeitamente que pode contar comigo para tudo o que for necessário, tal e qual como eu. Até porque foi com ele que aprendi muitas das coisas que estou hoje em dia a pôr em prática e em áreas que lhe competiam muito mais a ele do que a mim…
– Sente-se triste por uma das partes da sua vida em que apostou tanto, o casamento, não ter dado certo, ou não pensa nisso?
– Não penso nisso. Há ciclos na nossa vida e o meu casamento foi um que já fechei. O mais importante agora é a família, os amigos e a minha vida profissional. Foram sete anos de casamento, com momentos muito felizes e outros menos felizes, mas acho que isso faz parte da vida… A vida é feita de altos e baixos, é tudo uma questão de sabermos dosear as coisas sem entrar em colapso. Tenho saúde, vida e continuo a lutar pelos meus objetivos com dignidade e, acima de tudo, muito respeito por todas as pessoas que me rodeiam.
– E toda essa entrega profissional não a impedirá de estar atenta a novas relações?
– Hoje em dia é tudo muito relativo. Vive-se a era do descartável. Obviamente que percebo quando alguém se aproxima de mim, até porque a idade e a maturidade assim o permitem, mas não chego a avaliar se é alguém para ficar a meu lado. Neste momento, não estou nada focada nesse assunto. As coisas já não são como eram antigamente, os casamentos duram o que duram… Até pode ser que isso venha a acontecer, mas para já não tenho esse tipo de abertura na minha vida pessoal. Tudo tem de ser feito com naturalidade, quando surgir, surgiu, mas neste momento ainda não houve ninguém que despertasse a minha atenção, ou que eu achasse que poderia partilhar o mesmo caminho que eu.
– Então, tem facilidade em lidar com a solidão?
– Eu nunca estou sozinha… Tenho um trabalho muito dinâmico, que me faz lidar com muita gente… Adoro conhecer pessoas, adoro comunicar com os outros, tenho um grupo de amigos maravilhoso, com quem partilho a minha vida profissional e pessoal, e depois gosto de gerir o meu tempo à minha maneira. Sou uma pessoa com muitas regras e só assim consigo chegar a todos os projetos e responsabilidades que tenho. Não sei ainda bem o que quero, mas sei muito bem o que não quero, e viver relações de fachada não faz parte do meu quotidiano. A vida é demasiado valiosa para estar com alguém que não queira seguir o mesmo caminho que eu. Obviamente que é sempre bom chegar a casa e ter alguém à nossa espera, mas tenho o meu cão, que tanto amo, as minhas irmãs, que são maravilhosas, a minha família… Por isso, ainda não sinto essa coisa da solidão. Talvez daqui a uns anos, mas até lá espero, como é óbvio, fazer vida com alguém e constituir família.
– Ter filhos está, então, nos seus planos?
– Claro que sim. Já quis muito e não se proporcionou. Quando encontrar alguém, pelo menos um filho gostaria de ter.
– E casar-se novamente?
– Nunca devemos dizer desta água não beberei, mas não está nos meus planos voltar a casar-me. Acho que todas as mulheres devem casar uma vez na vida… Já passei o sonho do casamento, foi muito bem vivido e de momento não faz parte dos meus planos.
– Entrou também nos 40… A maioria das mulheres garante que nessa altura há uma transformação…
– Há uma maturidade diferente. Acho que, com as ‘pancadas’ que levamos da vida, aprendemos a relativizar os problemas e a ter outra visão de tudo o que a vida nos proporciona e se calhar até damos mais valor a coisas mais simples e fazemos delas os nossos momentos de felicidade. Vivo muito os momentos de felicidade… Um pequeno passeio na praia com amigos ou simplesmente estar à conversa ou rir muito são momentos de felicidade que nos transformam em pessoas melhores, com mais sabedoria e, sobretudo, com mais maturidade.
– E como é que lida com o avançar da idade?
– Graças a Deus, não tenho esses problemas, não ligo nada a isso. Sempre fui muito dedicada ao ginásio, tenho uma vida super-saudável… E depois, uma coisa que aprendi com o Luís é que não há problemas, mas sim soluções. E hoje em dia uma ruga a mais só pode ser encarada como um sinal de vivência e de agradecimento diário a Deus por estar cá, com muita saúde e com a possibilidade de viver a vida mediante aquilo que ela me proporciona. As rugas são um pormenor…
– Essa forma de ver a vida tem a ver com otimismo?
– Talvez, sou muito positiva e quando as minhas amigas têm momentos menos felizes, sou a primeira a incentivá-las a andar para a frente e a acreditar que tudo é possível.
Helga Barroso: “Viver relações de fachada não faz parte do meu quotidiano”
Divorciada de Luís Evaristo, com quem esteve casada durante sete anos, a empresária garante que nesta fase da vida toda a sua dedicação e empenho passam pela procura do sucesso profissional em detrimento da vertente pessoal e amorosa.
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